O Ministério do Trabalho e Emprego deve concluir até o fim deste ano um estudo técnico para atualizar as atividades dos profissionais de administração na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A medida atende a um pedido feito pelo Conselho Federal de Administração (CFA), durante reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta quarta-feira (05/07), na sede do Ministério, em Brasília. “Precisamos criar condições e uma legislação específica, por meio da CBO, que possibilite o reconhecimento da importância do profissional administrador em todos os setores das administrações pública e privada”, afirmou o ministro.
Ronaldo Nogueira citou exemplos da importância da profissão. “Se tivéssemos uma atuação mais efetiva de administradores na gestão pública, não teríamos tantas obras inacabadas. Uma obra inacabada é um prejuízo ao erário, porque há um custo com a execução do projeto, com desapropriação, licenciamento, execução de primeira fase, e acabam sendo milhões de reais investidos em obras não concluídas”, salientou.
Um estudo preliminar, feito por técnicos do Ministério e do Conselho, aponta funções que podem ser listadas na CBO para atualizar as ações dos administradores. São funções previstas na Lei 4.769, que dispõe sobre o exercício da profissão de administrador, mas que muitas vezes são exercidas por profissionais de outras categorias.
Recursos Humanos
O Conselho aponta, entre outros casos, a administração hospitalar, as obras da construção e os setores de Recursos Humanos nas empresas. “A área de RH é uma das que mais preocupam, entre outras em que profissionais estão atuando como administradores sem ter a formação específica para isso. É preciso atualizar as atividades para que esses profissionais tenham a formação específica e suficiente para atuar nessas funções”, disse o diretor de Desenvolvimento Institucional do CFA, Rogério Ramos.
O ministro determinou que a equipe técnica da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego (SPPE) realize os estudos, em articulação permanente com o CFA, para viabilizar e adequar a proposta do Conselho à legislação.
Segundo Ronaldo Nogueira, a medida terá impactos positivos para o país. “Antes da resposta para o CFA precisamos dar uma resposta ao Brasil, porque será bom para o país, será bom para o setor produtivo, que possamos ter uma eficiência muito maior na utilização dos recursos”, afirmou o ministro, que é formado em administração. “Os recursos são escassos e as demandas, constantes. É necessário um planejamento adequado, e o administrador é formado para esse fim.”
Fonte: MTE - Ministério do Trabalho e Emprego