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Seguro-desemprego: Mais de 200 mil pessoas não conseguem benefício

Com pandemia, trabalhadores demitidos estão com dificuldades para conseguir solicitar seguro-desemprego.

01/05/2020 11:00:01

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Seguro-desemprego: Mais de 200 mil pessoas não conseguem benefício

Seguro-desemprego: Mais de 200 mil pessoas não conseguem benefício

Trabalhadores que tentam receber o seguro-desemprego relatam dificuldades em concluir o pedido via site ou aplicativo do governo e se queixam de não conseguir informações pelos canais remotos de atendimento da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, órgão responsável pelo benefício.

Como resultado, o próprio governo estima que aproximadamente 200 mil trabalhadores que perderam o emprego entre março e a primeira quinzena de abril ainda não conseguiram solicitar o benefício – número que deve ser maior na visão de especialistas.

Os dados oficiais ainda mostram queda nos pedidos de seguro-desemprego. De acordo com o Ministério da Economia, 866.735 trabalhadores deram entrada no pedido entre o começo de março e a primeira quinzena de abril de 2019. Em 2020, no mesmo período, foram 804.538.

Fila Seguro-desemprego

Entretanto, considerando a estimativa de desempregados que não pediram o benefício devido ao fechamento de agências das agências do Sine (Sistema Nacional do Emprego) – que ainda funcionam de forma remota – ou outras questões, o número de 2020 ultrapassa 1 milhão, ou seja, cerca de 150 mil pedidos a mais que em 2019.

“Tendo em vista o fechamento do sistema Sine, temos demanda reprimida. Ainda temos pequena fila que estamos dando conta rapidamente”, disse na terça-feira, 28, o secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Para o pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV Ibre, Daniel Duque, o número efetivo de desempregados deve superar os 200 mil estimados pelo governo para março e a primeira quinzena de abril e crescer ainda mais nos próximos meses. Ele lembra que grande parte dos demitidos não pede o seguro-desemprego imediatamente, já que tem um “colchão” de sobrevivência com as verbas rescisórias.

“Não temos dúvida de que esse dado vai aumentar. Até o fim de abril, vai haver uma elevação e, a partir de maio, um crescimento expressivo.”

Seguro-desemprego

Desde o fim de março, com a entrada em vigor do estado de calamidade pública, as agências do Sine deixaram de atender os trabalhadores presencialmente e têm feito o procedimento de forma remota.

Agora, para solicitar o seguro, os trabalhadores precisam fazer o pedido pelo site ou pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital. Os canais, porém, não resolvem o problema de quem foi demitido e está precisando do benefício com urgência durante a pandemia.

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