O Tesouro IPCA 2020 vence nesta segunda-feira (17) e 63 bilhões de reais serão devolvidos a quem investiu na aplicação. Os valores cairão automaticamente na conta da corretora.
Muitas pessoas desejam reinvestir o dinheiro, já que ele está corrigido pela rentabilidade e com desconto do imposto de renda e outras taxas, mas está com dúvida de como fazer isso, se vale a pena investir na renda fixa novamente, jjá que Taxa Selic está em 2%.
Juliana Machado, analista de fundos da EXAME Research, afirmam que sim, mas diz que isso vai depender do perfil de investidor e objetivos da aplicação.
“O perfil do investidor não é estático. Desde a aplicação no título ele pode ter modificado. Tem a ver com momento de vida, capacidade financeira, idade e também experiência. O investidor pode aprender a calcular melhor o risco. Isso o torna apto para aplicar em produtos mais arrojados.”
O vencimento do título provoca um desbalanceamento da carteira. Portanto, pode ser necessário equilibrá-la novamente com aplicações mais conservadoras, de acordo com o nível de risco desejado.
Além disso, títulos indexados à inflação são indicados para objetivos de longo prazo, como a aposentadoria.
Reserva de emergência
A analista de fundo lembra que, por causa da crise provocada pela pandemia, muita gente pode ter usado parte de sua reserva de emergência. O vencimento do título, portanto, é uma boa oportunidade para recompor os valores.
Para isso, a melhor opção continua sendo o Tesouro Selic, ainda que a taxa de juros esteja baixa.
A recomendação é que a reserva de emergência some um valor seja equivalente de seis a 12 meses da renda mensal.
Tesouro IPCA
Rodrigo Fontana, analista da corretora Guide, diz que se o investidor tem objetivos de longo prazo pode fazer comprar um outro título Tesouro IPCA, disponível na plataforma do Tesouro Direto.
“Mesmo que os juros tenham diminuído bastante, o Tesouro IPCA 2035 e 2045 ainda oferece uma taxa de juro real de 4% ao ano. É o dobro da Selic. Para os padrões globais, ainda é uma taxa generosa, considerando que na compra do título há apenas o risco de o governo não pagar a dívida.”