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Como a contabilidade internacional funciona? Vantagens, estrutura e mais!

Contabilidade internacional é um instrumento de demonstração das atividades financeiras para empresas terem sucesso e longevidade nos negócios internacionais.

17/09/2020 09:15

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Como a contabilidade internacional funciona? Vantagens, estrutura e mais!

Como a contabilidade internacional funciona? Vantagens, estrutura e mais!

As empresas que atuam fora do país devem apresentar todas as demonstrações financeiras de forma transparente para justificar suas operações fora do país, por isso, a contabilidade internacional é essencial para um negócio.

Seu principal objetivo é alinhar e adequar a linguagem contábil de forma padrão. Com isso, é possível que todos os órgãos governamentais, de qualquer país compreendam com facilidade o que está demonstrado.

Não importa o tamanho da sua empresa, se você realiza ou pretende realizar negócios internacionais, deve conhecer detalhes da contabilidade internacional. Continue lendo e saiba sobre o conceito, o surgimento, as regras e as vantagens da sua aplicação!

O que é a contabilidade internacional?

Trata-se do conjunto de normas e regras contábeis que devem ser acatadas e seguidas de forma padrão nos mais diversos países para adequar a linguagem desse tipo de demonstração financeira.

O papel da contabilidade internacional é proporcionar um entendimento claro das operações realizadas em solo estrangeiro. Além do melhor controle das atividades fora do país, a padronização torna a empresa mais confiável aos olhos dos parceiros estrangeiros.

O modelo possibilita que todos os envolvidos — empresa, governos, investidores, fornecedores, clientes — de forma direta ou indireta, sejam impactados positivamente, pela transparência dos aspectos financeiros.

A globalização pode ser considerada uma das responsáveis pela integração dos processos contábeis substituindo, gradativamente, os padrões nacionais pelos internacionais como forma de se preparar para possíveis transações entre países, mesmo em empresa que ainda não atuam dessa maneira.

Como surgiu esse modelo contábil?

A criação do IASC — International Accounting Standards Committee ou Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade, em 1973, para elaboração das normas internacionais de contabilidade fez surgir a contabilidade internacional.

Além da publicação, o Comitê é também responsável pela revisão e atualização do padrão internacional dos relatórios financeiros contábeis. As empresas precisam acatar as determinações e a validade das normas e regras.

Foram 10 os países e suas entidades profissionais de contabilidade, responsáveis pela criação do Comitê:

  • Alemanha;
  • Austrália;
  • Canadá;
  • Estados Unidos da América;
  • França;
  • Irlanda;
  • Japão;
  • México;
  • Países baixos;
  • Reino Unido.

 

Embora permaneçam vigentes na atualidade, a partir de 2001 todas as normas criadas e publicadas pelo IASC passaram à denominação IFRS — International Financial Reporting Standard ou Normas Internacionais de Relatórios Financeiros.

As normas permitem que as empresas adotem ações estratégicas e apropriadas nos processos internacionais e sigam corretamente os critérios financeiros. A contabilidade internacional bem aplicada confere à empresa uma boa visibilidade no mercado.

Quais são as regras da contabilidade internacional?

Antes de falar sobre as regras é importante explicar sobre a publicação e a entrada em vigor das normas. Há uma diferença de datas entre essas duas etapas, para permitir que as empresas tenham condições de se adaptarem às mudanças.

O IFRS conta com 16 normas publicadas que estão presentes em mais de 120 países, por isso, certifique-se antes se os países com os quais realiza ou pretende realizar negócios internacionais utilizam esse modelo de contabilidade.

Veja uma descrição sucinta de cada uma delas:

  • IFRS 1 –  adoção dos padrões de contabilidade internacional pelas empresas brasileiras;
  • IFRS 2 – pagamento baseado em ações;
  • IFRS 3 – combinação de negócios em função da aquisição de uma ou mais organizações por uma empresa;
  • IFRS 4 – as emitentes de contratos de seguros devem aperfeiçoar a contabilização e divulgar as demonstrações — valores, datas e fluxos de caixa projetados relacionados aos contratos de seguro;
  • IFRS 5 – contabilização de ativos não circulantes mantidos para venda e divulgação de operações interrompidas;
  • IFRS 6 – contabilização de valores da exploração e da avaliação de recursos minerais;
  • IFRS 7 – evidenciação das informações financeiras para avaliação dos instrumentos financeiros e extensão dos riscos associados;
  • IFRS 8 – as informações divulgadas devem permitir a avaliação dos efeitos financeiros sobre as atividades da empresa;
  • IFRS 9 – contabilização, classificação e apresentação dos instrumentos financeiros;
  • IFRS 10 – diretrizes para elaboração e apresentação de demonstrações contábeis das empresas controladoras de outros negócios;
  • IFRS 11 – natureza do envolvimento — obrigações e direitos — com contabilização adequada das operações;
  • IFRS 12 – divulgação de demonstrações para avaliação das partes interessadas — desempenho, finanças, riscos e gestão da empresa;
  • IFRS 13 – definição do valor justo;
  • IFRS 14 – aplicável a empresa em processo de adoção do IFRS;
  • IFRS 15 – contabilização de receitas de contratos com clientes em relação a valores, épocas e fluxo de caixa;
  • IFRS 16 – inclusão do leasing ou arrendamento de bem em ativos e passivos das empresas envolvidas.

Como funciona no Brasil?

A adaptação das IFRS para o contexto contábil no Brasil foi instituída em dezembro 2007 pela Lei nº 11.638, que trata das Demonstrações Financeiras exigidas por lei, sendo elas:

  • BP – Balanço Patrimonial;
  • DRE – Demonstração do Resultado do Exercício;
  • DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
  • DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
  • DFC – Demonstrações de Fluxo de Caixa;
  • DVA – Demonstrações do valor Adicionado.

O Brasil tem uma forte atuação no cenário internacional, o que fortalece a adoção da contabilidade internacional para manter transparências das movimentações financeiras. Cabe ao CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis a adaptação das normas IFRS.

As práticas da contabilidade internacional, adequadas às normas são incluídas e utilizadas por diversos órgãos reguladores brasileiros:

  • CVM – Comissão de Valores Mobiliários;
  • CFC – Conselho Federal de Contabilidade;
  • SUSEP – Superintendência de Seguros Privados;
  • ANEEL — Agências reguladoras.

Uma das regras importantes diz respeito aos elementos patrimoniais, onde a mensuração é avaliada de acordo com o valor histórico do patrimônio. É utilizado o conceito de valor justo, com mensuração de propriedades para investimento aplicado ao que poderá ser recebido com a venda de um ativo.

Como as regras interferem em nosso país e como aplicá-las?

O Brasil tem um grande poder de atração dos investidores estrangeiros. As demonstrações contábeis são utilizadas na avaliação das condições financeiras das empresas alvo de investimentos.

A universalidade da contabilidade internacional facilita a visualização e compreensão dos números apresentados — operações, processos, transações — reduzindo as dúvidas e equívocos de interpretação.

São práticas adotadas e aceitas em diversos países, por isso, quanto mais adequadas e padronizadas as informações contábeis, maiores as chances de boas negociações internacionais. Uma dúvida frequente é sobre a obrigatoriedade de adoção dos padrões internacionais de contabilidade.

Considerando o disposto na Lei 11.638/07 e as especificações da Resolução 1.255 do Conselho Federal de Contabilidade que relaciona o padrão internacional a pequenas e médias empresas é sim, obrigatório, estabelecer uma linguagem única para as demonstrações contábeis para uso nacional e internacional.

Quais são as vantagens da aplicação da contabilidade internacional?

A acessibilidade às informações contábeis é uma das grandes vantagens de instituição da contabilidade internacional, mantendo a linguagem dentro de uma estrutura global, ou seja, nos países praticantes, todos enxergarão os números da mesma forma.

A harmonia e disposição das informações nos demonstrativos, permitem a análise precisa da contabilização de forma clara e objetiva, com base nos números apresentados, independentemente, do país gerador das informações.

Esse é um formato que pode ser adotado por empresas de capital aberto ou fechado. A globalização e as oportunidades mercadológicas surgidas a partir das oscilações econômicas sugerem adesão às IFRS já antecipando a transparência nos negócios fora do país.

Empresas alinhadas às normas previstas no IFRS e adaptadas pelo CPC estão aptas a atender às exigências e atrair a atenção de investidores para realizar transações e operações estrangeiras com maior segurança.

A contabilidade internacional é essencial para fortalecer a marca e elevar o nome da empresa a um patamar diferenciado a nível internacional, para sobrepor a concorrência e aumentar as chances de vantagem competitiva.

Um bom posicionamento de mercado, agrega valor e ajuda no crescimento natural do negócio. As oportunidades surgem em função da credibilidade que a empresa desenvolve ao divulgar seus números com propriedade e clareza.

Todos os aspectos, do gerencial ao empresarial, se tornam mais relevantes e confiáveis para quem prospecta um relacionamento mais duradouro com a empresa — uma projeção fundamentada em práticas consistentes e legais.

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