"Nossa ideia é preparar e capacitar as empresas para que elas possam captar financiamento. Hoje em dia é necessário que as preocupações estejam muito além de aspectos meramente financeiros, devendo englobar questões de sustentabilidade, segurança do trabalho e gestão empresarial", comenta o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Segundo ele, ainda em junho ou julho deste ano, o Finpyme deve ser lançado oficialmente. "O projeto-piloto será nestes três estados do Nordeste e esperamos conseguir bons resultados e, consequentemente, mais parceiros para podermos expandir o programa para todo o Brasil, priorizando as regiões Norte e Nordeste", explica.
Escolha das empresas
No Ceará, o Finpyme será aplicado nos sindicatos patronais ligados à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), que irá decidir quais empresas estarão entre as quarenta beneficiadas pela iniciativa. De acordo com Renato da Fonseca, os idealizadores do programa ainda estão decidindo qual será o principal critério para a seleção. "Veremos se é mais eficiente focarmos em um determinado segmento ou apostarmos em uma região específica", diz.
Sem reembolso
O Finpyme vai financiar, sem reembolso, os diagnósticos sobre as gestões das empresas. Na contrapartida, cabe às empresas aceitarem as sugestões e aplicá-las devidamente no cotidiano. Todo o processo terá a duração entre oito e nove meses.
"O objetivo é que os empresários despertem o interesse para a melhoria da gestão empresarial no sentido mais amplo. As empresas devem buscar uma gestão de layouts, produtos e inovações, além da gestão financeira. Para isso, o diagnóstico servirá para norteá-los rumo a melhor rentabilidade, competitividade e acesso ao crédito", opina o diretor geral do Instituto do Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Carlos Matos. Quem também mostrou otimismo com o Fimpyme foi o presidente da Fiec, Roberto Macêdo. "Vejo como uma grande ajuda à Economia do Estado, pois envolve as médias empresas, que andam meio esquecidas. Espero que a cada ano mais empresas possam participar", diz.
Requisitos
As companhias a serem selecionadas deverão estar em pleno funcionamento no Ceará com três anos de operação, e, de preferência, com balanços financeiros auditados por consultorias independentes. O Faturamento anual deve ser, no mínimo, de R$ 1 milhão.
Fonte: Diário do Nordeste