Segundo relatório elaborado pela FGV IBRE com base no banco de dados do varejo físico da Linx, empresa líder em tecnologia para o varejo, o estado de São Paulo novamente liderou as vendas no mês da Black Friday com larga margem, representando 40,5% do faturamento total no país, seguido por Rio de Janeiro (8,3%), Rio Grande do Sul (6,4%), Distrito Federal (6,2%) e Paraná (6%). São Paulo também liderou o volume de cupons comercializados no mês, com 26,5% do volume total, seguido por Paraná (9,1%), Bahia (8,6%), Rio de Janeiro (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,0%).
O faturamento do varejo físico foi 2,4% menor em relação a 2019, com diminuição também na quantidade de cupons emitidos, 14,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o ticket médio dos compradores aumentou 12,8% em relação ao ano passado, atingindo a marca de R$ 81,04.
Como estratégia dos varejistas, os produtos mais caros foram os que receberam maior desconto. Na Black November, 76,4% do volume total de cupons emitidos com desconto foram para compras acima de R$ 200,00, seguido pela faixa de até R$50,00, com apenas 6,9%. Em contrapartida, os produtos de até R$50,00 foram os mais procurados pelos consumidores, representando 62,2% da base de dados analisada, seguida pelo intervalo de R$ 50,01 até R$ 100,00, com 17% da base. A faixa acima de R$ 200,00, líder em descontos, superou pelo 3º ano consecutivo os produtos entre R$ 150,01 e R$ 200,00.
Entre os setores que mais deram descontos, a liderança ficou para smartphones e acessórios, com média de 46,2% de descontos aplicados. Já o estado que liderou a média de descontos foi Minas Gerais, com 38,0%. Depois dele, Amapá e Rondônia apresentaram média de 34,0% e 22,3%, respectivamente. Os picos de volume de vendas acompanharam o período das lojas abertas no dia da Black Friday e se concentraram nos horários entre 10h e 12h e 17h e 20h.
A FGV IBRE analisou em torno de 139,6 milhões de transações em novembro.
Vendas online garantem faturamento da Black Friday 2020
A Black Friday 2020 confirmou a tendência de digitalização apresentada no período pós pandemia, algo antecipado por especialistas do mercado. Balanceando a queda no varejo físico, dados de outro relatório dedicado ao varejo digital da Linx indicam que o faturamento das vendas digitais nas 24 horas da Black Friday cresceu 32% em relação ao ano passado, enquanto na semana da data o crescimento foi de 60% e de 70% no mês inteiro, fortalecendo a recuperação do setor.
O ticket médio dos compradores online subiu 3,5%, para R$ 673,00, e as categorias mais vendidas foram smartphones (30%), eletrodomésticos (18%), TVs (11%), Informática (10%) e ar e ventiladores (5%).
Os dispositivos móveis foram usados por 40% dos consumidores que compraram online, um aumento de 11% em relação a 2019, que mostra a crescente aceitação da modalidade ano após ano, enquanto outra tendência, o incentivo das marcas varejistas pelo uso de aplicativos próprios, muitas vezes por meio de promoções exclusivas, foi evidenciado pelo estudo: 19% das vendas online foram feitas por meio do recurso.
Fonte: FGV IBRE e Linx