Em setembro do ano passado, o Banco Central (BC) lançou a cédula de R$ 200 com o lobo guará. Na ocasião, o banco informou que seriam produzidas 450 milhões de notas até o final de 2020, o equivalente a R$ 90 bilhões. Contudo, somente 53,3 milhões de unidades - R$ 10,7 bilhões - estavam em circulação até 31 de dezembro de 2020, o equivalente a 12% do total prometido.
De acordo com a diretora de Administração do BC, Carolina de Assis Barros, o lançamento da cédula de R$ 200, valor mais alto que as que já circulavam no país, foi necessário porque a pandemia do coronavírus exigiu um maior número de cédulas em circulação.
A representante do BC disse que sem uma nota de R$ 200 haveria o risco de falta de papel-moeda. O pagamento do auxílio emergencial levou mais pessoas a sacar dinheiro nos bancos e caixas eletrônicos, o que exigiu uma ação do BC.
Mais cédulas em 2021
O BC não informou por que o número de cédulas produzidas ficou tão abaixo do previsto. Afirmou apenas que a produção segue o cronograma planejado e que o ritmo de uso da nota evolui "em linha com o esperado". Para 2021, ainda não há uma estimativa de quantas cédulas de R$ 200 serão produzidas.
"O contrato de fornecimento de cédulas para 2021 está em fase de análise, sem qualquer definição de quantidades no momento.", afirmou o BC. O animal escolhido para estampar a nota de R$ 200 foi o lobo-guará. Esta é a sétima cédula da família de notas do real, que já tem notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50 e R$ 100. As notas de R$ 1 não são mais produzidas.