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TECNOLOGIA

Contas digitais: entenda para que servem e os cuidados necessários

Transações financeiras digitais ficaram mais evidentes com a pandemia

15/06/2021 13:30

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Contas digitais: entenda para que servem e os cuidados necessários

Contas digitais: entenda para que servem e os cuidados necessários Foto: Anna Shvets

Durante a pandemia, o uso de tecnologias digitais para transações financeiras ficou mais evidente através das contas digitais, conhecidas também como internet banking, seja para facilitar as compras de quem ficou em casa, seja para dezenas de milhões de brasileiros que receberam o auxílio emergencial por aplicativos da Caixa.

As tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são utilizadas há anos por instituições financeiras, mas nos últimos tempos, esse hábito ficou mais recorrente. 

No Brasil, as contas digitais e carteiras digitais já são permitidas e regulamentadas pelo Banco Central (BC).

A abertura do mercado brasileiro para as fintechs (termo do inglês que une as palavras financial e technology e refere-se a empresas que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro) e outros serviços digitais abriu espaço para novos concorrentes.

Entenda o que é uma conta digital

A conta digital permite o acesso remoto utilizando a internet. A conta faz parte do que passou a ser conhecido como internet banking, a oferta de serviços por bancos via internet, seja por um site ou um aplicativo específico. 

Os principais bancos do país, como Banco do Brasil, Caixa, Itaú e Bradesco, oferecem o serviço. As fintechs que atuam no país também, como NuBank, Neon e Inter.

Conta Digital x Carteira Digital

Termos parecidos porém com definições bem diferentes, a carteira digital é utilizado para designar meios de pagamento e transações pela internet. Elas não precisam ser necessariamente feitas por bancos, mas podem congregar e interagir com contas bancárias e cartões de crédito. 

Permitem fazer compras e pagamentos diretamente em máquinas (as conhecidas maquininhas de cartão) bem como transferir dinheiro para carteiras digitais de outras pessoas. São exemplos PayPal, PicPay e ApplePay.

“O PayPal, por exemplo, é uma carteira eletrônica gratuita, que congrega as contas bancárias (de bancos 100% online ou tradicionais) e os cartões de crédito dos clientes, mas também pode ser usada sem que o cliente tenha conta em banco ou cartões. Para isso, basta que ele “carregue” dinheiro em sua conta virtual por meio de um boleto, que pode ser pago na rede bancária”, exemplifica o diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil, Thiago Chueiri.

Quais são as diferenças para instituições tradicionais?

As contas e carteiras digitais trazem algumas facilidades. Em primeiro lugar, dispensam o deslocamento do correntista até agências ou caixas eletrônicos. Em segundo lugar, permitem a realização de transações fora dos horários de funcionamento das unidades bancárias, embora instituições em geral mantenham limite para o processamento de operações. 

Por outro lado, geraram impactos sobre os trabalhadores do ramo financeiro, como o enxugamento de postos de trabalho nessas instituições.

Para Thiago Chueiri, essas ferramentas facilitam a vida dos correntistas. “Em um mundo no qual o tempo se tornou um ativo tão importante, ter uma conta 100% digital significa controle total de suas finanças na palma da mão, literalmente, já que ela pode ser gerenciada pelo smartphone. Outro benefício é que contas digitais são mais baratas para o cliente, porque a instituição financeira digital tem muito menos gastos com infraestrutura física, como a rede de agências, emissão e envio de cartões etc. Além disso, há a questão da segurança”, diz.

Contas digitais em números

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2019 foram abertas 7,4 milhões de contas digitais, sendo 6,5 milhões por dispositivos móveis e 935 mil por internet banking.

Ainda de acordo com a entidade, transações por tecnologias digitais (tanto internet banking quanto mobile banking) representaram 74% das operações em abril de 2020. O resultado marcou aumento de 10 pontos percentuais sobre janeiro do mesmo ano. 

As transações por telefones celular foram responsáveis por 67% das operações. Ao analisar os dados do primeiro semestre de 2020, no entanto, é importante considerar o contexto da pandemia e o fechamento de agências em parte dos estados.

Segundo estudo de 2019 da consultoria IDC, que ouviu pessoas em países da América Latina, 61% dos brasileiros das classes A, B e C utilizam meios digitais de pagamentos.

Os brasileiros são os que mais utilizam smartphones para realizar atividades financeiras entre países da América Latina (24,3%), segundo o estudo. No país, a maioria dos entrevistados afirmou realizar atividades bancárias principalmente por meio de um telefone celular conectado, seguida por saques em caixas de bancos (15,9%), transações utilizando o computador pessoal (14,4%), atendimento na agência (12,9%) e por último saques em caixas eletrônicos em outros locais (10%).

Cuidados ao utilizar a conta digital

Com o maior uso das tecnologias digitais, também surgem riscos relacionados a essa modalidade de transação. Há possibilidades de acesso indevido, captura de senhas, operações por terceiros, fraudes e vazamento de dados, entre outros.

Thiago Chueiri enumera alguns cuidados: “nunca digitar o número do cartão em um site que não tenha SSL (aquele cadeado à esquerda do link, que significa que o endereço é criptografado); jamais revelar suas senhas a ninguém; evitar clicar em links recebidos por e-mail ou outros sistemas de comunicação instantânea sem antes checar se eles direcionam, mesmo, para o endereço digitado – o chamado phishing, que rouba os dados pessoais e financeiros do internauta”.

Fonte: Agência Brasil

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