A segunda fase do open banking começa nesta quinta-feira (15). De acordo com o Banco Central (BC), essa nova etapa tem como objetivo aumentar a segurança e a proteção dos dados dos clientes.
O sistema foca na liberação do compartilhamento padronizado de dados e serviços por instituições financeiras reguladas.
No open banking, o cliente poderá autorizar o compartilhamento de seus dados com outras instituições o que, para o BC, "deve aumentar a competitividade entre os bancos e melhorar a oferta de produtos e serviços".
Fases do Open Banking
Estão programadas para acontecer quatro fases do open banking, até que ele seja implantado em definitivo. A primeira foi em fevereiro deste ano e, com ela, os dados das 1.065 instituições participantes passaram a ser compartilhados.
Nesse primeiro momento, o público-alvo eram "as próprias instituições financeiras ou de pagamento, desenvolvedores, fintechs e acadêmicos", segundo o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso. Na ocasião, os dados dos clientes não foram compartilhados — somente os canais de atendimento, localização de agências, caixas eletrônicos e produtos e serviços oferecidos por cada instituição se tornaram públicos.
Já na segunda fase, que se inicia amanhã, a promessa do BC é de dar aos clientes a possibilidade de autorizar o compartilhamento de seus cadastros e de informações sobre suas transações financeiras relacionadas a contas, cartão de crédito e operações de crédito com outras instituições.
Segundo Leonardo Medeiros, head de Open Banking & Open APIs na XP Investimentos, a principal diferença entre as duas primeiras fases do serviço é que a primeira compartilhou dados públicos, enquanto a segunda é focada em dados privados.
"A primeira fase tem mais a ver com o compartilhamento de dados das próprias instituições participantes, com relação a dados sobre elas. São informações já públicas, mas que são difíceis de achar via site, e todas as instituições participaram de forma obrigatória. Para a fase dois, que já impacta mais o mercado, é justamente o compartilhamento de dados privados dos clientes com o consentimento deles, com dados cadastrais, como documentos, filiação, telefone, e informações de conta-corrente, poupança, cartão, entre outros. Acreditamos que essa segunda fase vai ter mais impacto", explica.
Pelas regras previstas, a autorização para o compartilhamento poderá ser cancelada a qualquer momento. A ideia é permitir que cada cliente receba uma oferta de produtos mais adequada a seu perfil, bem como o aconselhamento financeiro com soluções personalizadas.