Como já anunciado anteriormente pelo governo, a partir de novembro o Bolsa Família terá uma nova versão, justamente quando terminam os pagamentos do auxílio emergencial.
Em transmissão semanal, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo está trabalhando para oferecer o benefício acima de R$ 300 mensais já neste lançamento do novo programa social sem descumprir o teto de gastos ou ultrapassar a capacidade de endividamento do País.
A versão atual do programa, prevê um valor médio pago aos beneficiários de cerca de R$ 192. Segundo Bolsonaro, o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 elevou o endividamento mensal do Brasil em R$ 50 bilhões por mês.
"Não tinha como manter isso por muito tempo, mas mantivemos por cinco meses", disse durante transmissão semanal ao vivo. "A nossa capacidade de endividamento chegou no limite. Eu queria dar R$ 10 mil por mês para cada um dos 68 milhões de necessitados, mas o Brasil ia quebrar."
Na quinta-feira (22) o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse que um crescimento de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões na margem para o teto de gastos em 2022 daria margem a ampliação do Bolsa Família a R$ 300, como quer o governo.
Segundo o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, apesar de haver uma folga no teto de gastos para 2022, o espaço para ampliar investimentos é ilusório e impulsionado por fatores negativos como o avanço da inflação.