A implementação do Open Banking continua em andamento no Brasil, com a segunda fase prevista inicialmente para dia 15 de julho e posteriormente adiada para o dia 13 de agosto, a estimativa para implementação total é até setembro de 2022, dividida em várias fases.
Atualmente, o controle das informações está centralizado em cada instituição, que cria internamente as soluções para o seu gerenciamento.
Nesta segunda etapa, o consumidor poderá autorizar o compartilhamento de seus dados cadastrais, extratos de contas e de cartão de crédito e informações sobre operações de crédito com instituições financeiras.
De acordo com especialistas, esse movimento amplia a concorrência e pode baratear o acesso ao crédito no mercado brasileiro. "Não há a obrigação de se manter preso a uma instituição, o cliente poderá compartilhar o seu histórico de crédito e de transações com outras instituições que então poderão oferecer condições melhores de crédito e tarifas menores, por exemplo. O cliente acaba tendo liberdade e autonomia para trocar de empresas prestadoras de serviços sem "perder" o seu histórico, e, para as instituições, cria-se um ambiente competitivo benéfico, que leva mais opções aos usuários e permite a entrada de mais produtos e instituições no mercado", explica Paulo Oliveira Andreoli, Head de OmniFinance, responsável pela área de Open Banking e Soluções de Pagamento no Grupo FCamara.
Soluções para todo o ecossistema do Open Banking
Para que as Instituições possam atuar no modelo open banking é preciso realizar diversas integrações, além de conseguir a certificação na OpenID Foundation.
A certificação na OpenID Foundation é bastante complexa e para obtê-la deve-se passar em mais de 200 testes para que a implementação seja liberada. A certificação é obrigatória para todos os participantes do Open Banking Brasil e até o momento, poucas empresas e instituições conseguiram o certificado.
De acordo com projeção do Grupo FCamara, a perspectiva é de que cerca de 5 milhões de brasileiros irão aderir ao sistema ainda em 2021. Para chegar a esse número, a empresa levou em consideração a proporção de população bancarizada, o sistema financeiro ativo e desenvolvido do país, a inclusão nesse sistema de 10 milhões de pessoas pelas necessidades decorrentes da pandemia de covid-19 em 2020, além da chegada do Pix, que vem acostumando os brasileiros a uma forma de pagamento totalmente digital.
"O open banking está só começando no nosso país, e é importante que seus participantes estejam homologados pelo Banco Central, estando aptos a aplicar todas as regras de padronização, gerenciar os consentimentos dos clientes e o uso adequado de suas informações. O principal risco de um sistema compartilhado é a segurança da informação”, explica o especialista.
Andreoli acrescenta que os sistemas terão que conversar entre si, e ao mesmo tempo, estarem protegidos de ataques de hackers, e os padrões de segurança utilizados no Open Banking Brasil como o FAPI e o CIBA fornecem esta proteção.
Saindo da postura conservadora e permitindo a criação de aplicações pelos terceiros, o banco poderá inovar, melhorar a experiência de seus clientes e ampliar as possibilidades de receita sem precisar arcar com todos os custos de desenvolver essas soluções.
Fonte: Paulo Oliveira Andreoli, Head de OmniFinance, responsável pela área de Open Banking e Soluções de Pagamento no Grupo FCamara.

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