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Home office: estudo mostra que brasileiros querem manter modelo, mas temem excesso de trabalho

A pesquisa apontou que 81% dos entrevistados dizem que a produtividade é maior em casa.

07/09/2021 15:00

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Home office: estudo mostra que brasileiros querem manter modelo, mas temem excesso de trabalho

Home office: estudo mostra que brasileiros querem manter modelo, mas temem excesso de trabalho Pexels

Com a Covid-19, o home office se tornou uma necessidade para os negócios continuarem operando e o modelo de trabalho caiu no gosto dos brasileiros.  Um ano e meio depois dos primeiros lockdowns em todo o Brasil, o trabalho remoto se mostra muito bem avaliado pelos trabalhadores. 

Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA) mostra que a intenção dos brasileiros de permanecerem trabalhando em casa só cresce – ao mesmo tempo em que relatam ter uma jornada de trabalho muito maior do que a estipulada em contrato.

De acordo com o levantamento, 73% das pessoas estão satisfeitas com o trabalho de casa. Mas esse número cresce para 78% quando se considera a intenção de manter a mesma rotina após a pandemia, ante 70% no ano passado. Já o número de trabalhadores que querem voltar aos escritórios diariamente caiu de 19% para 14%. O porcentual dos indiferentes também recuou, de 11% para 8%.

“As pessoas estão muito satisfeitas. Esperávamos até um indicador um pouco abaixo, mas elas estão valorizando muito ficar em casa”, afirma André Fischer, professor da FEA e coordenador da pesquisa.

Para completar, 81% dos entrevistados afirmaram que a produtividade, trabalhando de casa, é maior ou igual à da atividade presencial.

Excesso de trabalho no home office

Apesar das avaliações positivas, muitos funcionários dizem estar trabalhando mais horas de casa do que se estivessem no escritório. Com a economia de tempo do deslocamento, muitos acabam começando a trabalhar mais cedo – e se desligando mais tarde. Dos entrevistados pelas instituições de ensino, 45% estão trabalhando acima de 45 horas.

Desse número, 23% afirmaram que trabalham entre 49 e 70 horas por semana, enquanto 6% falaram em volume acima de 70 horas semanais. A legislação trabalhista estabelece, salvo casos especiais, que a jornada convencional de trabalho seja de 44 horas semanais.

“É um dado impressionante e que pode interferir bastante na questão da saúde mental das pessoas. Eu mesmo estou trabalhando mais horas do que antes”, diz Fischer. “Por estarem conectados o tempo inteiro, muitos acabam trabalhando também o dia inteiro.”

Dados do Ministério do Trabalho e Previdência mostram que o número de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais cresceu durante a pandemia. A concessão de benefícios para problemas psicológicos chegou a 291 mil em 2020, um número 20% maior do que o registrado no ano anterior. E o excesso de trabalho, segundo especialistas, colaborou para a piora.

Fonte: Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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