Até pouco tempo atrás, era comum o uso de dinheiro em espécie ou de cartões como a principal forma de pagamento entre os consumidores. As transferências bancárias de TED e DOC também eram muito usadas, mesmo diante de taxas altas.
Com o avanço das ferramentas digitais e a expansão de novas soluções financeiras, a realidade foi mudando e alterando também as necessidades e preferências dos consumidores.
Neste cenário, o Pix e o cartão virtual se tornaram grandes facilidades e inovações tecnológicas. Segundo dados divulgados pela consultoria PwC, o volume de pagamentos digitais deve aumentar mais de 80% até 2025.
Para o CEO da Signa, startup de soluções digitais, Franklin Bravos, essa mudança se deve, principalmente, ao fato dos consumidores buscarem cada vez mais praticidade, agilidade e comodidade nos processos de pagamento.
Pix: o novo real do consumidor
Com o aumento da busca por sistemas de pagamentos instantâneos e rapidez nas transferências, o Pix, sistema de pagamento do Banco Central (BC), caiu na graça de muitos brasileiros.
Com pouco mais de um ano de existência, alcançou a marca de 115 milhões de usuários e 1,2 bilhões de transações, de acordo com dados do BC. Já é usado por 71% dos brasileiros e entre o público jovem a aprovação chega a 99%, segundo a quarta edição do Radar Febraban.
No e-commerce, o Pix já é aceito por mais da metade do comércio eletrônico nacional, segundo um levantamento da consultoria Gmattos.
“O Pix teve uma aceitação surpreendentemente rápida entre os consumidores e revolucionou o mercado financeiro. As pessoas nunca tiveram acesso antes a um sistema de transferências e pagamento de forma tão barata, ágil e descomplicada, o que explica o sucesso dessa solução”, comenta Bravos.
Cartão virtual: nova forma de evitar golpes
Outra novidade que vem se popularizando entre os consumidores é o cartão virtual, que funciona como uma extensão do cartão de crédito tradicional, mas é destinado apenas a compras online, oferecendo maior segurança.
O cartão virtual tem um número, CVV e prazo de validade próprios, diferentes do cartão físico, e pode ser usado em sites nacionais e estrangeiros, como um cartão de crédito tradicional. Após a compra, as informações transferidas podem ser apagadas pelos usuários.
“É uma dinâmica que evita possíveis clonagens e outras variações de golpes. Alguns cartões virtuais expiram em horas, enquanto outras instituições adotam como segurança a mudança periódica do CVV – o valor de verificação do cartão. É, portanto, um bom meio de pagamento para compras online, porque, além da segurança maior nas transações, geralmente não traz custos adicionais para o titular”, aponta Bravos.
Fonte: Ana Claudia