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Endividamento

Após liberação do adiantamento do 13º do INSS, mais de 37 mil idosos negociaram débitos

Dados mostram que cerca de 77,7% das famílias brasileiras fecharam abril com dívidas e 28,6% com contas em atraso.

14/05/2022 10:00

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Mais de 37 mil idosos negociaram débitos com 13º salário adiantado

Após liberação do adiantamento do 13º do INSS, mais de 37 mil idosos negociaram débitos Pexels

A plataforma Serasa Limpa Nome conseguiu identificar que, desde o dia 25 de abril, quando começou a ser liberado o adiantamento da primeira parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas, mais de 37 mil pessoas em todo o Brasil, com mais de 60 anos, realizaram acordos de dívidas.

O gerente da entidade, Thiago Ramos, afirma que uma pesquisa feita em março pela Serasa apontou que 35% das pessoas que têm previsão de receber uma renda extra possuem a intenção de utilizar o valor para o pagamento de dívidas.

O número de brasileiros endividados bateu novo recorde em abril, puxado pelo maior uso do cartão de crédito, com 77,7% das famílias brasileiras fechando o mês com alguma dívida, contra 77,5% em março, segundo levantamento divulgado na segunda-feira (2) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na comparação com abril do ano passado, quando a parcela de endividados correspondia a 67,5% do total, o salto foi de 10,2 pontos percentuais.

A inadimplência também atingiu nova máxima histórica. A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso passou de 27,8% em março para 28,6% em abril. Em 1 ano, o salto foi de 4,3 pontos percentuais. A série histórica do levantamento começou em 2010.

Já a fatia de famílias que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente, chegou a 10,9%, contra 10,8% em março e 10,4% há 1 ano. Trata-se do maior patamar desde dezembro de 2020.

Endividamento deve manter alta

Na avaliação da CNC, a tendência é que o endividamento se mantenha em alta diante da inflação nas alturas e dos juros de mercado mais elevados.

"A inflação alta, persistente e disseminada mantém a necessidade de crédito para recomposição da renda, fazendo com que as famílias encontrem nos recursos de terceiros uma saída para a manutenção do nível de consumo", afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

O endividamento no cartão de crédito foi a única modalidade que apresentou aumento em abril, representando 88,8% de famílias com dívidas e revelando que o endividamento está ocorrendo essencialmente no consumo de curto prazo.

Carnês de lojas (18,2%) e o financiamento automotivo (11,2%) foram os outros destaques nas participações no endividamento. Na sequência, aparece o crédito pessoal (9,4%) e o financiamento de casa (8,3%).

A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso aumentou principalmente entre os mais pobres, segundo os dados da CNC.

“Os orçamentos mais acirrados têm levado mais famílias a atrasarem o pagamento de contas e dívidas e usarem mais o cartão de crédito, que é a modalidade de dívida para o consumo de curto prazo”, afirma a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.

Fonte: com informações do g1

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