De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério da Economia, as famílias de renda mais baixa foram as que mais sentiram o impacto da inflação no mês de abril, pesando em seus bolsos de forma mais acentuada que em outras faixas de renda.
A alta de preços para estas famílias foi de 1,06%, ante 1% na faixa de renda mais alta. A alta dos alimentos consumidos em casa é a principal responsável pela pressão inflacionária nas três classes de renda mais baixas no período.
Para outros segmentos de renda, os aumentos envolvendo o grupo de transportes, como reajuste de combustíveis, transportes por aplicativos e passagens aéreas foram os que causaram maior impacto nas rendas familiares.
Avaliando o acumulado em 12 meses, a inflação sentida pelo grupo de renda muito baixa foi 17,6% maior que a sentida nas faixas de alta renda, de acordo com o indicador.
No grupo de renda muito baixa, a inflação acumulada no período terminado em abril foi de 12,7%, contra 10,8% nas famílias de alta renda.
Além da alimentação, os reajustes nos preços de habitação também impactaram os grupos de menor renda.