Com os atendimentos online e digitalização de diversos serviços financeiros no país durante a pandemia, os grandes bancos estão reduzindo suas estruturas físicas e fechando agências em todos os estados.
Em apenas 12 meses, instituições renomadas e estabelecidas como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam juntos 1.007 agências físicas.
A questão dos empregos dos agentes bancários teve diferentes rumos de acordo com cada banco. No Banco do Brasil e no Bradesco, as agências fechadas demitiram seus profissionais, enquanto os outros dois bancos fizeram mais contratações no período, apesar do fim de algumas estruturas.
Com essas mudanças, clientes estão reclamando cada vez mais da demora no atendimento nas filas presenciais. O Procon-SP registrou apenas 24 reclamações em 2020 sobre o tema, já em 2022, até agora, foram feitos 69 registros acerca disso.
Com menos agências, mais pessoas acabam recorrendo à mesma unidade de atendimento, que pode estar sofrendo ainda pela redução de funcionários em decorrência da pandemia.
Além disso, muitos clientes seguem alegando em diversos meios de comunicação que o sistema online não é suficiente ou eficiente para sanar os problemas.
Embora não exista uma regulamentação nacional que trate da demora nas filas presenciais, a maioria dos estados estabelecem uma regra que o tempo máximo de fila deve ser de 15 a 30 minutos, muito diferente da realidade atual.
Clientes ouvidos pelo Uol economia declararam que já chegaram a encarar três horas de fila para serem atendidos. Em outros casos, o descaso é maior ainda: depois de muito tempo aguardando, os funcionários alertam que os problemas devem ser resolvidos apenas pelos aplicativos da instituição.