Nesta terça-feira (7), os servidores públicos do Banco Central (BC) deliberaram sobre a manutenção da greve da categoria, que foi aprovada por 80% dos votos e será mantida por tempo indeterminado.
A próxima reunião dos trabalhadores será na semana que vem, dia 14, ao mesmo tempo em que acontece o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição do novo valor da taxa Selic, taxa básica de juros do país.
Com a greve mantida, a divulgação dos resultados do Copom devem ser diretamente impactados.
A greve começou em 1º de abril deste ano na busca de reajuste salarial de 27% da categoria, devido à falta de reajustes anuais e as perdas inflacionárias, além de uma nova organização das carreiras internas do banco.
Devido à falta de avanços nas negociações e prejuízos aos serviços e boletins financeiros do BC, os servidores decidiram reduzir o pleito de reajuste, solicitando um aumento de 13,5%, metade do que foi solicitado anteriormente.
O governo poderá decidir e conceder o aumento até o dia 2 de julho, prazo final para implementar mudanças sem impactar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede crescimento de despesa com pessoal nos 180 dias que antecedem o fim do mandato presidencial.
Na última sexta-feira (3), o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, afirmou que a demanda salarial não seria atendida, mas que enviará uma minuta com as solicitações não salariais da categoria para o Ministério da Economia.
Entre as pautas não salariais, estão a definição da carreira como típica de Estado, exigência de nível superior para o concurso para técnico do órgão, mudança do nome do cargo de analista para auditor e a criação da taxa de supervisão.