Uma nova pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculada ao Ministério da Economia, divulgada na semana passada, revelou que uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar a distância, na modalidade home office.
Isso seria o equivalente a 20,4 milhões de trabalhadores, representando 24,1% do total da população empregada no Brasil.
Os dados da pesquisa, divulgados em uma Nota de Conjuntura, mostraram que a maior parte dos colaboradores que poderiam desenvolver suas atividades de forma remota são mulheres (58,3%), branca (60%), com nível superior completo (62,6%) e na faixa etária entre 20 e 49 anos (71,8%)
Avaliando por regiões, mais da metade destes possíveis empregados encontram-se no Sudeste, com 10,5 milhões de pessoas, seguido pelo Sul com 3,6 milhões, Nordeste com 3,5 milhões e Centro-Oeste com 1,7 milhão.
O recorte por unidade federativa revela que, enquanto o Distrito Federal tem teletrabalho potencial de 37,8%, no Pará esse percentual cai para menos da metade, 15,3%.
Em relação às cidades, Florianópolis aparece na liderança, com cerca de 40,4% das pessoas ocupadas em regime potencial de teletrabalho.
Como não há nenhum dado oficial do país que esclareça quantas pessoas estão atuando em home office, o Instituto fez o levantamento das atividades que poderiam ser realizadas por teletrabalho.
Um dos critérios considerados na pesquisa foi se os colaboradores teriam condições ou não de realizarem as tarefas à distância e se há fatores no desempenho da função remotamente que poderiam melhorar a produtividade.
Para a pesquisa, o Ipea usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.