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Discriminação

LGBTQIA+: estudo mostra que 65% dos trabalhadores já sofreram discriminação no trabalho

Levantamento indica que 47% dos profissionais do segmento têm renda média inferior a quatro salários mínimos.

20/06/2022 11:20

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LGBTQIA+: 65% dos trabalhadores já sofreram descriminação

LGBTQIA+: estudo mostra que 65% dos trabalhadores já sofreram discriminação no trabalho Pexels

Uma pesquisa feita com 20 mil trabalhadores de todos os estados e do Distrito Federal pela consultoria Santo Caos, mostrou que 65% dos profissionais LGBTQIA+ dizem já ter sofrido discriminação no trabalho, enquanto 28% foram vítimas de assédio —este último índice cai para 18% entre pessoas que não seguem as mesmas orientações sexuais.

Se consideradas apenas as pessoas que se declaram trans e bissexuais, a taxa daquelas que já se viram alvo de discriminação sobe para 86% e 72%, respectivamente.

O estudo considerou como discriminação todo tipo de atividade preconceituosa, mesmo que velada, como ironias, piadas e insinuações jocosas. Já o ato de ofender explicitamente alguém por causa de uma característica foi classificado como assédio.

A sondagem ainda mostra que 47% dos trabalhadores LGBTQIA+ têm renda média inferior a quatro salários mínimos, enquanto esse mesmo índice é de 36% entre os que não integram o segmento.

Recortes

Os assexuais são aqueles com menor renda entre os que compõem a sigla LGBTQIA+, com 81% ganhando menos de quatro salários mínimos. 

Pessoas gays, por sua vez, têm o rendimento mais elevado dentro do segmento, com 20% delas registrando rendimentos superiores a dez salários mínimos.

O levantamento aponta para uma maior concentração de LGBTQIA+ no Sudeste (62%), seguida por Nordeste (20%) e pelo Sul (10%).

Armário

Segundo a pesquisa, 48% das pessoas LGBTQIA+ revelaram sua orientação sexual ou identidade de gênero para alguém no trabalho. 

Entre as pessoas trans, esse número cai para 40%. Os cargos ocupados também podem ser decisivos para que um trabalhador saia do armário: aqueles que não ocupam uma posição de liderança falam mais sobre a sua orientação em comparação a quem está na chefia —46% e 29%, respectivamente.

"É necessário que as empresas se preparem de forma mais abrangente e consistente para promover o bem-estar dos colaboradores, ampliando suas iniciativas de diversidade e inclusão", afirma o sócio-diretor da consultoria Santo Caos, Jean Soldatelli.

Ele ainda destaca a importância do esforço diante de um cenário em que mais pessoas passaram a trabalhar de suas residências e, com isso, a expor aspectos que anteriormente não faziam parte da rotina de trabalho.

Fonte: coluna Mônica Bergamo / Folha de S.Paulo

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