x

EMPREGOS

CNC: mais de 20% dos postos formais gerados na pandemia foram para os primeiros empregos

Mais de 20% dos contratados durante a pandemia foram aqueles que nunca tiveram oportunidade de trabalhar com carteira assinada antes.

12/07/2022 15:30

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Pandemia deu oportunidade para jovens conquistarem primeiro emprego

CNC: mais de 20% dos postos formais gerados na pandemia foram para os primeiros empregos pexels

Com o desemprego em queda e os brasileiros reconquistando espaço no mercado de trabalho, as pessoas que buscam pela primeira vez um emprego também estão conquistando oportunidades. 

O primeiro emprego representou 22% do total de postos de trabalho formais criados de julho de 2020 a maio de 2022, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa, encomendada pela CNN Brasil, foi realizada com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nesse período, as vagas de primeiro emprego totalizaram 1,1 milhão.

Dados do Caged mostram que, após três meses de forte queda por conta da Covid-19, julho de 2020 marca a volta do superávit na criação de postos formais no país. Desse mês até maio de 2022, foram abertos 5 milhões de empregos, o que representou uma alta de 14% na força de trabalho.

Oportunidades para quem está começando

Para o economista responsável pelo estudo, Fabio Bentes, o volume de vagas de primeiro emprego reflete a busca das empresas por repor as perdidas na pandemia.

“Esse dado precisa ser inserido no contexto de inflação alta, empresas em processo de recuperação econômica, portanto mais oportunidades têm sido dadas para trabalhadores mais jovens, mais do que o normal”, explica.

“Isso não significa, necessariamente, que elas estão trocando profissionais mais caros por mais baratos, mas diante de um processo inflacionário elevado, é natural que elas procurem custos trabalhistas menores”, afirma o economista.

Bentes pondera que não é possível afirmar se essa tendência irá perdurar pelos próximos meses, já que as empresas tendem a preferir trabalhadores mais qualificados e experientes.

Do ponto de vista dos grandes setores econômicos, seis em cada dez vagas de primeiro emprego foram abertas no comércio, indústria de transformação e atividades administrativas e serviços complementares.

O levantamento da CNC ainda aponta que, nos últimos dez anos, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos tem sido mais que o dobro da média do mercado de trabalho. No primeiro trimestre de 2022, por exemplo, o índice de desocupação entre os jovens foi de 22,8% contra 11,1% da média geral.

De acordo com Bentes, o desemprego mais alto entre os jovens é comum. “Isso acontece por um motivo muito simples, os trabalhadores mais jovens têm mais dificuldade, historicamente, de entrar no mercado de trabalho, especialmente no mercado de hoje, desafiador, com taxa de desemprego perto de 10%”, colocou.

Com informações CNN Business

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.