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Taxa Selic do Brasil é a 3ª maior do mundo; confira o ranking

Levantamento mostra que a taxa de juros do Brasil fica atrás apenas da Argentina e Turquia.

16/08/2022 14:00

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Selic: Brasil tem a 3ª maior taxa de juros do mundo

Taxa Selic do Brasil é a  3ª maior do mundo; confira o ranking Pexels

A Selic, taxa básica de juros da economia, foi elevada para 13,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O aumento da Selic fez com que o Brasil continuasse em terceiro lugar no ranking global de juros nominais realizado pela Infinity Asset em parceria com o MoneYou, atrás apenas da Argentina e da Turquia.

Segundo o levantamento, que inclui 167 países, 45% mantiveram seus juros, enquanto 51% elevaram e 4% cortaram as taxas no último ano.

Taxa de juros

Os juros são um importante instrumento de política monetária. Para combater a inflação, os governos geralmente aumentam essas taxas para restringir a circulação de dinheiro na economia, e consequentemente, reduzir o consumo. Quando é preciso realizar o efeito contrário, as taxas diminuem e o poder de compra aumenta.

A reunião mais recente do Banco Central argentino, inclusive, elevou a taxa básica de juros em 9,50 pontos percentuais, a 69,50% ao ano, com o intuito de combater a alta e persistente inflação. Foi 7,4% só em julho, o maior índice mensal dos últimos 20 anos e o maior anual dos últimos 30 anos. 

“Esse cenário é reflexo de uma política monetária completamente equivocada do governo de Alberto Fernández e do presidente anterior, Mauricio Macri, de emitir cada vez mais moedas para atender os benefícios sociais, o que gerou essa inflação. Com a alta dos preços ao consumidor, o caminho é puxar uma alta de juros”, explica o economista e professor do Insper, Roberto Dumas.

Com 14% ao ano, a Turquia aparece em segundo lugar no ranking de juros nominais. No começo deste mês, o país informou que a inflação anual subiu para uma nova máxima de 24 anos (79,6%) em julho.

Por lá, a inflação começou a crescer quando a lira caiu, após o banco central da Turquia cortar gradualmente a taxa básica de juros em 5 pontos percentuais, a fim de estender o crescimento econômico visto em 2021. No entanto, o estímulo levou a um aumento de preços no país.

Já em terceiro lugar está o Brasil. Segundo o Comitê de Política Monetária, as taxas são reflexo do cenário externo, que se mantém adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente ainda pressionado.

Ranking de taxa de juros

Veja o ranking completo dos juros nominais no mundo:

País

Taxa de juros

Argentina

60,00%

Turquia

14,00%

Brasil

13,75%

Hungria

10,75%

Chile

9,75%

Colômbia

9,00%

Rússia

8,00%

México

7,75%

República Checa

7,00%

Polônia

6,50%

África do Sul

5,50%

Índia

5,40%

China

4,35%

Indonésia

3,50%

Filipinas

3,25%

Hong Kong

2,75%

Nova Zelândia

2,50%

Canadá

2,50%

Taiwan

1,50%

Malásia

2,25%

Coreia do Sul

2,25%

Austrália

1,85%

Cingapura

1,56%

Tailândia

1,37%

Reino Unido

1,25%

Israel

1,25%

Estados Unidos

1,00%

Suécia

0,75%

Alemanha

0,50%

Áustria

0,50%

Bélgica

0,50%

Espanha

0,50%

França

0,50%

Grécia

0,50%

Holanda

0,50%

Itália

0,50%

Portugal

0,50%

Japão

-0,10%

Dinamarca

-0,10%

Suíça

-0,75%

Política monetária

De acordo com o BC, o processo de normalização da política monetária nos países avançados têm acelerado, o que impacta o cenário prospectivo e eleva a volatilidade dos ativos. 

Na terça-feira (3), o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve queda de 0,68% em julho, o que fez com que o Brasil registrasse deflação pela primeira vez desde 2020. Com isso, o mercado vê mais uma sinalização de que o BC brasileiro diminua o aperto monetário em setembro. 

Com informações da Forbes

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