Entre 2003 e este ano, a arrecadação da CSLL e do imposto sobre a renda, ganhos de capital e remessas para o exterior cresceu de R$ 72 bilhões para R$ 172 bilhões, uma expansão de 137% num período em que a inflação mal superou os 30%.
Esse fantástico desempenho da receita, que financiou as contas do governo nos últimos cinco anos, deve desaparecer no cenário de 2009, mesmo que a economia brasileira continue crescendo. Já as despesas devem subir por causa dos compromissos assumidos pelo governo antes do estouro da crise, como o reajuste dos servidores públicos e do salário mínimo.
Apesar da maior dificuldade, o governo não vai reduzir os investimentos do PAC, disse, na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Segundo ele, nem mesmo o superávit precisará ser reduzido, caso a economia cresça 4% em 2009. Para a equipe do Ministério da Fazenda, entretanto, a redução do esforço fiscal (em relação ao superávit de 4,4% do PIB de 2008) é tida como certa e necessária para compensar a falta de liquidez e a desaceleração da economia.
"Como a situação fiscal está boa, o governo pode fazer uma política anticíclica de país desenvolvido, reduzindo a taxa de juros e o superávit primário", disse um assessor do ministro Guido Mantega, comparando com a situação de 1999 e 2003, quando o governo teve de apertar o cinto.
Fonte: Sinescontábil/MG
Enviado por: Wilson Fortunato