Uma das mudanças implementadas em decorrência da pandemia de Covid-19 foi a modalidade de trabalho em home office, que acabou caindo no gosto de muitos profissionais - mas nem tanto dos empregadores.
Enquanto alguns trabalhadores nem pensam em retornar às atividades presenciais completamente, a maioria das empresas já retomaram 100% das suas rotinas antigas.
Essa disputa do mundo corporativo entre empregadores querendo o fim do home office contra profissionais que não abrem mão da modalidade está acirrada e, segundo dados da pesquisa Brain Inteligência Estratégica, empresa de pesquisa de mercado, os profissionais estão perdendo essa batalha.
O estudo ouviu 400 profissionais no final de 2022 e detectou que, durante a pandemia, 27% deles atuavam presencialmente e agora o número praticamente dobrou, saltando para 45% dos entrevistados.
Já o trabalho híbrido, formato adotado por aqueles que buscam um meio termo entre ficar totalmente em casa ou só no escritório, caiu no ano passado. Em 2020 e 2021, 56% das pessoas praticavam essa modalidade, em 2022, apenas 43%.
O trabalho totalmente remoto também despencou, de 25% nos anos da pandemia para 12% no ano passado.
Um outro resultado da pesquisa foi compatível com outras análises de mercado, apontando uma balança desequilibrada entre o desejo dos profissionais e as ofertas das empresas.
Isso se apresenta no fato de que apesar do trabalho presencial ter crescido recentemente, 83% dos trabalhadores preferem o híbrido e não querem passar todo o tempo de trabalho dentro do escritório.