Os pedidos de recuperação judicial no Brasil tiveram um aumento expressivo de 43,1% no mês de abril em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 93 solicitações. Paralelamente, os pedidos de falência também registraram crescimento de 12% nessa mesma comparação.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pela Serasa Experian, por meio do Indicador de Recuperação Judicial e Falências, que analisa as estatísticas de falências e recuperações judiciais e extrajudiciais registradas na base de dados da empresa.
Um aspecto importante apontado pelo indicador é que as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as principais responsáveis pelas requisições, representando 68,9% do total, ou seja, 64 pedidos.
Em seguida, médios negócios apresentaram 18 pedidos (19,3% do total) e grandes empresas tiveram 11 pedidos (4,8% do total). Comparativamente, em abril de 2022, as MPEs registraram 35 solicitações, as empresas de médio porte tiveram 19 e as grandes empresas somaram 11 pedidos.
Além disso, a análise revelou que o setor de serviços foi o mais afetado, apresentando um aumento significativo nas solicitações de recuperação judicial em comparação ao ano anterior. Em sequência, os setores de comércio e indústria também enfrentaram dificuldades nesse aspecto.
Quanto aos pedidos de falência, foram as empresas de micro e pequeno porte que se destacaram, totalizando 51 solicitações das 93 registradas. No que se refere aos segmentos afetados, o setor de comércio foi o mais impactado, contabilizando 31 pedidos.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que o constante crescimento da lista de empresas negativadas demonstra que a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores. Nesse cenário, muitos empresários financeiramente abalados recorrem aos processos de recuperação judicial na tentativa de renegociar dívidas e evitar a falência, mesmo que alguns acabem enfrentando esse desfecho inevitável.
Com informações da CNN