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Centrais sindicais são contra mudanças nos ganhos da poupança

As centrais se mostram contrárias a mudanças na poupança por acreditarem que elas afetarão o que chamam de pequeno poupador -o brasileiro das classes mais baixas- e irão deixar isso claro em encontro com Dilma nesta quinta, segundo o deputado.

03/05/2012 12:38

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Centrais sindicais são contra mudanças nos ganhos da poupança

A presidente Dilma Rousseff vai encontrar resistência das centrais sindicais nesta quinta-feira em seu pleito de mudar as regras dos ganhos da poupança para baixar os juros reais no país, disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP).

As centrais se mostram contrárias a mudanças na poupança por acreditarem que elas afetarão o que chamam de pequeno poupador -o brasileiro das classes mais baixas- e irão deixar isso claro em encontro com Dilma nesta quinta, segundo o deputado.

"O governo não pode optar por uma política que sacrifica os pequenos. Se tentar, seremos contra", disse Paulinho à Reuters nesta quinta-feira.

O governo pode anunciar nesta quinta uma proposta de mudança nas regras da poupança. Dilma vai se reunir com o conselho político, centrais sindicais e empresários e deve discutir a proposta para as mudanças na aplicação.

Fontes do governo disseram à Reuters que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciará a alteração na poupança e que ela deve ser encaminhada ao Congresso por meio de medida provisória.

Paulinho afirmou que as centrais são contra a limitação dos ganhos da poupança em um percentual da Selic -uma das possibilidades em estudo pela presidente e sua equipe econômica -, mas afirmou que é possível negociar a incidência de imposto de renda para aplicações de valores elevados. A opinião é semelhante a de outros sindicalistas.

Paulinho disse que na época em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou propor mudanças na poupança, com cobrança de IR sobre aplicações acima de 50 mil reais, as centrais concordaram porque cerca de 95 por cento das aplicações ficavam abaixo desse valor.

Em conjunto com outras centrais que participarão do encontro, a Força irá defender que a presidente inclua nas negociações o fim do Fator Previdenciário e a isenção do IR sobre o PRL, que são os prêmios de participação nos resultados pagos por empresas.

A Força Sindical, segunda maior central de trabalhadores do país, recebeu um aceno da presidente com a escolha do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT-RJ), nome defendido por Paulinho, mas que sofria resistência de parte da bancada do partido na Câmara.

Fonte: Reuters Brasil

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