O novo programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola Brasil, foi lançado nesta segunda-feira (17) e muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre os tipos de dívidas que podem ser negociadas com as instituições do país.
Com objetivo de ajudar especialmente as pessoas físicas a acabarem com a inadimplência, estudantes e recém-formados de diversas universidades brasileiras tomaram as redes sociais com perguntas sobre a possibilidade de renegociar as dívidas obtidas pela adesão ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), utilizado para o auxílio da realização do curso.
Apesar da destinação para pessoas físicas, como as que assinam o Fies, a modalidade não é contemplada pelo Desenrola, segundo confirmação do Ministério da Fazenda.
Segundo a pasta, o programa de renegociação quer ajudar a quitar dívidas mais difíceis de serem recuperadas, e por isso políticas que já contam com aportes públicos, como é o caso do Fies, não entram no Desenrola.
O Fies oferece um contrato de financiamento estudantil e os interessados selecionados, que cumprirem diversos pré-requisitos, contam com o auxílio do Governo Federal para o custeamento das mensalidades do curso, até a conclusão do mesmo. Em 2023, para poder participar do programa, a renda bruta familiar mensal deveria ser de até três salários mínimos por pessoa (R$ 3.960 em 2023).
Com faculdades de medicina no interior de São Paulo, por exemplo, custando quase R$ 10 mil a mensalidade, o Fies se tornou o único caminho para a realização de um curso de graduação para muitos brasileiros.
Ao término da graduação, o novo profissional deve acertar o valor total das mensalidades da faculdade cursada, com o acréscimo de juros, nos casos em que ele é cobrado. A taxa efetiva de juros do Fies é de 3,4% ao ano, independente do curso escolhido.