Outros países que também defendem a menor concentração no mercado de auditoria são: Taiwan (90%), Índia (89%), Grécia, Peru e Vietnã, ambos com 86%, Malásia e Emirados Árabes (os dois com 82%), Chile, Filipinas e Turquia com 80% e África do Sul (79%).
De uma maneira geral, eles apoiam o rodízio obrigatório das firmas a cada 10-12 anos, para evitar o risco de ‘muita familiaridade’ entre auditor e a companhia auditada. No Brasil, o indicador é de 70%.
Companhias públicas
Além disso, para 88% dos brasileiros, a confiança do mercado aumentaria se as grandes companhias públicas fossem auditadas por duas firmas ao invés de apenas uma. Opinião semelhante a dos líderes vietnamitas (94%), chilenos e tailandeses (86%), peruanos (84%) e indianos (77%).
Os dados indicam ainda que um em cada seis empresários no Brasil acredita que deve haver uma separação entre o serviço de consultoria e auditoria, o maior percentual entre todas as economias pesquisadas.
De acordo com a Grant Thornton International, no ano passado, a Comissão Europeia publicou propostas visando reforma do mercado de auditoria, uma delas reduzia a concentração do mercado de auditoria e, ao mesmo tempo, aumentava a independência das firmas. Para atingir essas metas, a entidade propôs medidas como o rodízio obrigatório, realização de concurso público e restrição às firmas de realizarem serviços não ligados à auditoria.
“No Brasil e no mundo o assunto mais relevante é a concentração do mercado de auditoria, entre as chamadas Big Four. O rodízio só é efetivo se garante que as empresas fora desse "cartel" tenham a oportunidade de concorrer aos mesmos projetos. O rodízio por si só não garante a desconcentração do mercado”, finaliza o sócio de auditoria da Grant Thornton no Brasil, Fabio Luis de Sousa.
Fonte: Infomoney