Após uma sequência de três meses consecutivos de crescimento, dados recentes indicam que o número de brasileiros endividados registrou uma queda significativa em novembro. A pesquisa conduzida pela Serasa revela uma redução de 143,5 mil pessoas em comparação com outubro, situando o Brasil com um total de 71,81 milhões de consumidores em situação de inadimplência. A taxa de inadimplência em novembro alcançou 43,82%, mostrando uma melhoria em relação aos 43,94% registrados no mês anterior.
Diversos fatores contribuíram para essa diminuição na inadimplência, destacando-se a redução do desemprego e o aumento significativo nas renegociações de dívidas. O diretor da Serasa, Fernando Gambaro, enfatiza o impacto positivo do programa Desenrola Brasil, que tem estimulado as pessoas a buscar ativamente a renegociação de suas dívidas. No dia 30 de novembro, um recorde foi alcançado, com 313 mil dívidas renegociadas, evidenciando a eficácia do programa.
Gambaro ressalta também a importância da educação financeira, salientando que as dívidas afetam todas as faixas etárias e classes sociais, tornando-se uma questão democrática. Além disso, ele destaca que, além dos fatores econômicos como desemprego e inflação, a educação financeira desempenha um papel crucial no volume de endividados.
Analisando os dados por estados, o Rio de Janeiro permanece na primeira posição entre os mais inadimplentes, mesmo com uma redução de 44.859 endividados. Brasília, apesar da redução percentual na população endividada (53,10% em outubro para 52,79% em novembro), subiu no ranking e agora ocupa a segunda posição. Outros estados como Amapá, Roraima, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, por outro lado, registraram aumento na população inadimplente em novembro.
Para dezembro, Gambaro projeta resultados otimistas, com a expectativa de uma queda ainda maior na inadimplência. O pagamento do décimo terceiro e a tradição de começar o novo ano sem dívidas são fatores que devem impulsionar mais brasileiros a buscar a renegociação de suas dívidas, contribuindo para uma tendência positiva no cenário econômico brasileiro.