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Receita Federal investiga lavagem de dinheiro do tráfico com uso do Perse

Empresas são suspeitas de utilizar a desoneração oferecida ao setor de eventos para tornar lícito dinheiro da organização criminosa.

14/03/2024 16:00

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RFB investiga uso indevido do Perse e envolvimento com lavagem de dinheiro

Receita Federal investiga lavagem de dinheiro do tráfico com uso do Perse

A Receita Federal está investigando uma possível lavagem de dinheiro com o uso do Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse).

Segundo o coordenador-geral de Pesquisa Investigação da Receita, Sérgio Messias, a averiguação apura a relação de uma empresa beneficiária do Perse com o Primeiro Comando da Capital (PCC) .

Vale destacar que nesta terça-feira (12) a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Latus Actio, que mira crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro praticados por pessoas que estão ligadas a empresas dos setores de entretenimento, bem como de autopeças do Estado de São Paulo.

Messias disse em entrevista à Folha de S. Paulo que os benefícios fiscais, como desoneração e isenção tributária, acabam atraindo empresas atuantes na lavagem de dinheiro do crime organizado.

“Qualquer lavagem de dinheiro, em tese, tem custo. Mas, se eles têm a possibilidade de tentar usar um programa, que foi criado para ajudar, sem o custo para eles, acabam usando. A Receita está de olho nisso” , disse.

Ainda segundo ele, estão na mira de investigações outras empresas, além daquelas subsidiadas pelo Perse. 

Messias explica que alguns dos casos investigados pela operação “são de lavagem de dinheiro”, incluindo do PCC, mas “outros podem ser simplesmente uma tentativa de não pagar tributo”. 

Conforme explica o auditor, as apurações se concentram em empresas que não eram do setor de eventos e passaram a migrar para obter benefícios do Perse, além das que foram criadas depois que o programa emergencial ao setor entrou em vigor.

“Programas que tragam incentivo não necessariamente trazem alguma dificuldade para as avaliações. O que vai trazer dificuldade é você não ter condições de investigar ou de evitar o mau uso de todos esses programas, que não é o nosso caso”, destacou Messias. 

Com informações da Folha de S. Paulo

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