A atriz consagrada no cinema, teatro e televisão, Fernanda Montenegro, teve seus benefícios bloqueados por dificuldades de comprovação da prova de vida do Instituo Nacional do Seguro Social (INSS).
Além desse problema, Montenegro também revelou que ao tentar acessar o aplicativo Meu INSS, descobriu que foi vítima de fraudes no sistema, com troca de e-mail e senha.
Desde 2019 a atriz parou de receber seus dois benefícios (aposentadoria e pensão por morte do marido) mesmo ao tentar fazer a prova de vida.
Diante disso, o INSS considerou que ela havia “morrido” e, segundo o colunista Ancelmo Gois, quatro anos depois, a mesma conseguiu na Justiça Federal ganho de causa que obriga o órgão a depositar os valores retroativos, somados em mais de R$ 334 mil.
Um dos detalhes que foram detectados nesse processo são as fraudes que culminaram na suspensão do benefício, alterando os dados pessoais da atriz, entre eles e-mail e senha de acesso.
No ano de 2022, a atriz tentou regularizar sua situação, já que percebeu que os benefícios estavam sendo depositados e sacados por outra pessoa, evidenciando sucessivas fraudes praticadas por agentes não identificados junto ao INSS, diz o defensor da atriz na ação.
INSS diante do caso
Conforme o INSS, os benefícios foram cessados em 2019 devido a falta de prova de vida e, na ocasião, o procedimento ainda era exigido dos segurados.
Vale lembrar que, desde o ano passado, a comprovação de vida acontece por meio do cruzamento de dados dos segurados baseado em informações cadastrais do governo, especialmente biometrias.
“No caso da atriz, com a confirmação da prova de vida, o INSS reativou os benefícios e determinou o pagamento dos retroativos. Fernanda, no entanto, alegou que não sacou os valores referentes ao período em que não recebeu a aposentadoria e a pensão. Mediante a denúncia, o INSS fez apuração interna e não detectou irregularidade. Em seguida, o instituto acionou a Polícia Federal (PF) para abertura de inquérito para apuração do caso. A investigação corre em sigilo desde 2022”, declarou o instituto em nota.
O instituto ainda acrescentou que não chegou a ser intimado da última decisão do caso e assim que for, informará nos autos do processo as informações solicitadas.
Com informações do InfoMoney