Na última sexta-feira (3), o Governo Federal tomou a decisão de adiar em todo o território nacional a realização das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), em virtude das intensas chuvas que assolam o estado do Rio Grande do Sul. O certame, previamente agendado para domingo (5), representa o maior concurso organizado pelo governo, abrangendo uma ampla gama de candidatos de Norte a Sul do país.
Anteriormente, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, já havia mencionado que o governo estava avaliando a possibilidade de postergar as provas no estado gaúcho. Com um contingente de 86 mil candidatos inscritos em dez municípios da região, a medida visa assegurar a segurança e o bem-estar dos participantes.
A Ministra Esther Dweck, ao abordar a necessidade de adiamento das provas, afirmou: "Seria imprudente realizar os exames no Rio Grande do Sul, dada a ameaça às vidas e à integridade do próprio certame. Ademais, buscamos garantir que todos os candidatos estejam em igualdade de condições quando as provas forem realizadas." Estima-se que cerca de 100 mil candidatos estavam programados para realizar os exames em 10 cidades do estado, todas impactadas pelas adversidades climáticas.
Quanto aos custos associados ao adiamento, a Ministra esclareceu que estes dependerão das considerações logísticas para a definição da nova data. Ressaltou ainda que os gastos com a realização das provas foram inferiores à receita obtida com as taxas de inscrição. "Ao divulgar a nova data, talvez tenhamos uma estimativa mais precisa. Entretanto, esse impacto será suportado pela União. Apesar disso, trata-se de um custo mitigado frente à situação emergencial que o estado gaúcho enfrenta", explicou, referindo-se ao estado de calamidade pública vigente.
Dweck também manifestou a intenção do governo de utilizar as mesmas provas que já estavam em trânsito para os locais de aplicação. "As provas já estavam distribuídas nos estados. Desde quinta-feira, começaram a ser descentralizadas. Estão sendo entregues pelos Correios com escolta das forças de segurança. Nosso objetivo é manter a integridade do processo, utilizando as mesmas avaliações", esclareceu a Ministra.
Inscrições e editais
Apesar do adiamento, o CNU não terá novo prazo de inscrições nem outros editais. Essa determinação foi ratificada após a decisão de postergar a realização dos exames, cuja nova data ainda não foi definida, devido a desafios logísticos que se apresentam.
Conforme informações oficiais, todas as provas já foram impressas, com cerca de 65% delas já distribuídas. O governo justifica a medida como uma forma de centralizar os testes e assegurar sua integridade, armazenando-os em local seguro até a definição da nova data de aplicação.
A Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou a decisão em pronunciamento na última sexta-feira (3), destacando que a situação no Rio Grande do Sul, em especial, tornou-se preocupante e influenciou na determinação de adiamento.
Dweck relata que desde o dia anterior já havia iniciado movimentos para postergar o concurso em todo o território nacional, mas enfrentou resistência em uma reunião com outros ministros. No entanto, em nova tentativa na sexta-feira, foi bem-sucedida em sua proposta, após um encontro com o ex-presidente Lula.
A ausência de uma data definida para a realização das provas é ressaltada pela ministra, que aponta as complexidades logísticas como principal obstáculo para a divulgação de um novo cronograma com segurança.
Ela enfatiza que a escolha da nova data está condicionada não apenas à situação específica do Rio Grande do Sul, mas também à disponibilidade de locais apropriados em todo o país e à capacidade de distribuição dos exames de forma eficiente.
A impossibilidade de realizar as provas no Rio Grande do Sul neste domingo é frisada pela ministra, mencionando a calamidade pública vigente no estado. Tal contexto levou ao adiamento do Concurso Público Nacional Unificado em todo o país, conforme comunicado emitido pelo Ministério da Gestão.
Quanto à logística de distribuição das provas, Esther Dweck revela que estas já haviam sido enviadas às capitais do país, incluindo Porto Alegre, e estavam em processo de distribuição para outras cidades dos estados, contando com escolta de forças de segurança desde quinta-feira.
A ministra assegura que 65% das cidades já haviam recebido os testes, os quais estavam sendo entregues pelos serviços postais, com medidas adicionais para garantir sua integridade. A proposta é centralizar as provas em locais certificados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), de modo a aplicar o mesmo conjunto de testes em todo o território nacional.
Dados da prova
O CPNU destaca-se como o concurso de maior magnitude já realizado no país, contando com 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas em todo o território brasileiro. No total, 2,144 milhões de inscritos almejam disputar as 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.