As pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras concluíram o segundo trimestre de 2024 com um aumento de 5,2% no faturamento em comparação com o período anterior (janeiro a março).
Os dados são do Índice Omie de Desempenho Econômico, que também indicou um crescimento de 4,3% no semestre, em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
Setores em destaque
O setor industrial liderou o crescimento, registrando um avanço de 11,9%. Entre os destaques, estão os segmentos de óleos lubrificantes, metalurgia, impressão e reprodução de gravações, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.
No comércio, o crescimento foi de 4,6%, com os resultados mais expressivos no atacado. Livros e jornais, cimento e produtos de limpeza foram os produtos com maior alta. No varejo, os produtos farmacêuticos tiveram a melhor performance.
O setor de serviços registrou um aumento modesto de 0,6%. As atividades financeiras e de seguros, alimentação e educação foram os principais impulsionadores deste crescimento. Em contrapartida, o setor de infraestrutura apresentou uma retração de 4,6%.
Análise regional
Regionalmente, as empresas das regiões Sudeste (+2,2%), Nordeste (+9,5%) e Sul (+5,6%) puxaram o crescimento no último trimestre. Já nas regiões Centro-Oeste e Norte, houve uma retração das pequenas empresas, com quedas de 2,2% e 9,5%, respectivamente.
O economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, Felipe Beraldi, atribuiu o bom desempenho das PMEs à evolução da renda das famílias e ao ciclo de queda das taxas de juros.
A expectativa para 2025 é de um crescimento de 2%, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e comércio.