O planejamento sucessório é uma medida crucial para famílias de alta renda que desejam proteger e perpetuar seu patrimônio ao longo do tempo, garantindo uma transição organizada dos bens e ativos para as próximas gerações.
A ausência de um planejamento adequado pode resultar em longos processos judiciais, desgaste emocional e financeiro, além de disputas entre herdeiros. Para famílias com patrimônio que inclui imóveis, participações societárias, investimentos e ativos no exterior, a falta de clareza na sucessão pode comprometer a estabilidade financeira dos herdeiros.
Com uma carteira de aproximadamente 800 clientes, a Septem Capital, uma empresa de assessoria de investimentos, já realizou cerca de 200 planejamentos sucessórios, o que representa 25% de sua base. Esses números refletem a crescente preocupação dos clientes em proteger e garantir a continuidade de seus patrimônios, assegurando uma transição tranquila e organizada para as próximas gerações.
Entre as estratégias mais eficazes para o planejamento sucessório estão a criação de holdings patrimoniais, doações em vida, testamentos e o uso de seguros de vida. A holding patrimonial, por exemplo, permite a organização dos bens da família em uma empresa, facilitando a gestão e a sucessão dos ativos, além de proporcionar benefícios fiscais. Já as doações em vida possibilitam a antecipação da sucessão, direcionando parte do patrimônio aos herdeiros com menos burocracia e custos.
Outra ferramenta fundamental é o testamento, que define como os bens serão distribuídos após a morte do titular, permitindo uma personalização da sucessão. O seguro de vida também se destaca como uma solução valiosa, garantindo que os herdeiros recebem uma quantia em dinheiro para lidar com impostos e custos adicionais em caso de falecimento.
Leandro Lopes, sócio fundador da Septem Capital explica que o planejamento sucessório é fundamental dentro de qualquer planejamento financeiro.
“Não podemos negligenciar um dos momentos mais difíceis e inevitáveis onde, normalmente, a família está abalada e precisa resolver toda a burocracia para partilha de bens. É fundamental ter uma assessoria especializada para atenuar problemas, reduzir custos e acelerar o processo sucessório".
Um dos principais benefícios do planejamento sucessório é a redução do potencial de conflitos entre os herdeiros. A clareza na distribuição dos bens e a antecipação de possíveis questões ajudam a minimizar desentendimentos familiares. Envolver os herdeiros no processo de planejamento também pode educá-los sobre a gestão do patrimônio e a importância de preservar o legado familiar.
"Não ter um planejamento sucessório representa uma maior morosidade na partilha dos bens. Pode gerar conflitos familiares e até mesmo societários. As leis mudam, as configurações familiares mudam. O planejamento é melhor forma para reduzir empasses no processo de transferência dos bens”, afirma Leandro
Fonte: Braun Comunicação Integrada