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Empregos formais no Brasil crescem 3,5% em 2023, impulsionados pela Construção Civil e Serviços

RAIS revela mais de 44 milhões de vínculos ativos no setor privado; regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste lideram crescimento percentual de postos de trabalho.

16/09/2024 14:00

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RAIS 2023: Brasil registra avanço de 1,5 milhão de novos empregos formais

Empregos formais no Brasil crescem 3,5% em 2023, impulsionados pela Construção Civil e Serviços

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentou, nesta quinta-feira (12), em Brasília, os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) referentes ao ano de 2023, destacando um aumento significativo nos postos de trabalho formais no setor privado. Até o final de dezembro, foram contabilizados 44.469.011 vínculos empregatícios ativos, representando um crescimento de 1.511.203 empregos (+3,5%) em comparação a 2022, quando o total era de 42.957.808 vínculos. A divulgação completa, incluindo os dados referentes ao setor público, está prevista para o último trimestre de 2024.

A subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, enfatizou a relevância dos dados coletados pela RAIS, agora obtidos por meio do eSocial, para monitorar o mercado de trabalho formal no Brasil. Segundo Montagner, essa antecipação da divulgação dos números do setor privado é essencial para subsidiar o segundo Relatório Nacional de Igualdade Salarial, em fase de elaboração.

A RAIS continua sendo uma fonte estratégica de informações para a formulação de políticas públicas no país.

Crescimento dos setores econômicos em 2023

O levantamento revelou que todos os principais setores econômicos apresentaram crescimento no ano de 2023. A Construção Civil se destacou como o setor com maior avanço, com um acréscimo de 6,8% no número de vínculos (+181.588 postos). O setor de Serviços também teve um desempenho expressivo, registrando 962.877 novos empregos, um aumento de 4,8%. O Comércio seguiu com um crescimento de 2,1% (+212.543 vínculos), enquanto a Agropecuária avançou 1,9% (+33.842 vínculos). O setor Industrial registrou um aumento de 1,4% (+121.318 vínculos), e as Indústrias Extrativas também apresentaram uma alta de 5,7%, com a criação de 14.632 novos postos de trabalho.

Desempenho regional: sudeste lidera em número de empregos

Geograficamente, a região Sudeste manteve a maior concentração de empregos formais, com 51,2% dos vínculos do país. As regiões Sul (18,4%) e Nordeste (16,4%) seguiram como as áreas com maior número de empregos formais. Apesar disso, o crescimento percentual mais expressivo foi observado nas regiões Norte (+5,4%), Nordeste (+4,2%) e Centro-Oeste (+4,2%). Entre os estados, o Piauí foi o destaque, com um aumento relativo de 7,3% nos vínculos empregatícios, seguido por Amapá (+6,8%), Tocantins (+6,6%) e Roraima (+6,3%).

Remuneração: Indústria paga os maiores salários

No que diz respeito aos rendimentos, a média salarial no setor privado em 2023 foi de R$ 3.514,24. A Indústria apresentou a maior remuneração média, alcançando R$ 4.181,51, enquanto o setor de Serviços teve uma média de R$ 3.714,88. Esses dados ressaltam a importância de setores específicos na economia e a relação entre remuneração e setor de atuação.

A importância da RAIS e sua evolução

Criada pelo decreto nº 76.900, de 1975, e regulamentada mais recentemente pelo Decreto nº 10.854, de 2021, a RAIS é uma das principais ferramentas para coleta de dados sobre o mercado de trabalho formal no Brasil. Desde 2019, com a implementação do eSocial, o processo de coleta de informações foi digitalizado, garantindo maior precisão e agilidade na obtenção dos dados. Esse sistema centralizado substituiu o antigo formato de declaração direta das empresas, consolidando-se como uma base essencial para o planejamento de políticas públicas e monitoramento das condições de emprego no país.

Com a expectativa da divulgação dos dados completos no final de 2024, o panorama do emprego formal no Brasil se mostra positivo, com sinais de recuperação econômica em setores chave e crescimento expressivo em regiões anteriormente menos dinâmicas. Esses dados são cruciais para embasar estratégias governamentais de geração de emprego e promoção da igualdade no mercado de trabalho.

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