A primeira fase da “Operação Carência Zero” da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou na prisão de um contador neste sábado (19), identificado como responsável por criar empresas fictícias para contratar planos de saúde empresariais e vendê-los ilegalmente para pessoas físicas.
O contador é acusado de fazer parte de uma quadrilha que lucrava com a venda irregular desses planos, causando prejuízos à seguradora que já chegam a R$ 11 milhões.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o esquema era considerado sofisticado e organizado, com registros realizados em endereços diferentes para evitar o controle das seguradoras e era oferecida uma “taxa de isenção de carência”, fixada em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil por cliente, para poder usufruir do plano de saúde sem carência. A maioria dos planos empresariais não possui carência, então os criminosos elaboravam essa taxa como um benefício falso.
A Polícia ainda ouviu algumas das pessoas que adquiriram os planos – cerca de 800 vínculos falsos foram criados – e disseram que a aquisição aconteceu justamente pela falta de carência para realização de cirurgias. A conduta das pessoas também serão apuradas.
O caso ainda investiga a possível participação de um médico no esquema, que teria sugerido aos seus pacientes a contratação do plano para realizar cirurgias bariátricas.