A adoção da nuvem está mais forte do que nunca. No Brasil, a pesquisa “Agenda 2024” da Deloitte revela que a adoção e implementação de soluções em cloud são vistas como essenciais para a competitividade empresarial. O levantamento, que incluiu 411 empresas representando cerca de 20% do PIB nacional, mostrou que nove em cada dez empresas indicaram planos de novos investimentos em nuvem.
“As empresas estão não apenas migrando suas operações, mas também buscando maneiras de otimizar os custos para manter a competitividade em um cenário tecnológico em constante evolução. É nesse contexto que o FinOps (Financial Operations) se destaca como uma prática essencial, permitindo uma gestão financeira eficaz e estratégica em ambientes de nuvem”, diz Cristiano Oliveira, COO da TQI – Tecnologia, Qualidade e Inovação.
FinOps é uma abordagem integrada que une finanças, operações e tecnologia para gerenciar e otimizar os custos em nuvem. Ao contrário dos métodos tradicionais, que tratam os custos de TI como despesas fixas, o FinOps promove uma cultura de responsabilidade compartilhada, proporcionando visibilidade e controle sobre os gastos para todos os stakeholders envolvidos. Isso resulta em decisões mais informadas e rápidas, alinhadas aos objetivos estratégicos das empresas.
“FinOps não é apenas sobre cortar custos; é sobre alocar recursos de forma inteligente para maximizar o retorno sobre o investimento em nuvem,” explica o especialista. Com o olhar voltado para 2025, Oliveira destaca as principais tendências que moldarão essa disciplina nos próximos anos.
Principais tendências de FinOps para 2025
Conforme a prática de FinOps evolui, novas tendências estão surgindo e prometem redefinir a gestão financeira na nuvem. Algumas delas são particularmente relevantes em um momento em que a nuvem se torna central para a estratégia empresarial.
- Automação inteligente e autonômica. Com o aumento da complexidade nos ambientes de nuvem, a automação no FinOps se tornará cada vez mais avançada, proporcionando maior eficiência e precisão na gestão financeira e no controle dos recursos em nuvem. Tecnologias como inteligência artificial (IA) e machine learning irão automatizar a tomada de decisões financeiras, ajustando os recursos de forma dinâmica e proativa para evitar desperdícios e otimizar custos. A automação deixará de ser um diferencial e se tornará uma necessidade para qualquer empresa que queira manter a competitividade;
- Integração com ESG (Environmental, Social, and Governance). À medida que a sustentabilidade ganha foco, a integração de FinOps com práticas ESG será fundamental no ambiente corporativo. Empresas começarão a monitorar não apenas os custos financeiros, mas também os impactos ambientais de suas operações em nuvem, ajustando seus processos para reduzir a pegada de carbono. O FinOps vai além da otimização de custos; ele também ajudará as empresas a serem mais responsáveis do ponto de vista ambiental;
- FinOps para arquiteturas nativas da nuvem. Com o avanço das arquiteturas nativas da nuvem, como microsserviços e contêineres, as ferramentas de FinOps precisarão evoluir para oferecer visibilidade granular e controle em ambientes altamente dinâmicos e escaláveis. Nesse contexto, a complexidade das arquiteturas nativas exigirá abordagens de FinOps que sejam adaptativas e específicas, garantindo que os custos estejam sempre sob controle;
- Gerenciamento em ambientes multi-cloud e híbridos. A popularização de ambientes multi-cloud e híbridos aumenta a necessidade de ferramentas robustas de FinOps que possam operar em várias plataformas simultaneamente, unificando a gestão de custos e evitando desperdícios. “O futuro da nuvem é multi-cloud, e o FinOps precisa acompanhar essa tendência para oferecer uma visão unificada e estratégica,” comenta;
- Cultura de FinOps e descentralização. A cultura de FinOps continuará a se expandir, com um foco crescente na descentralização da gestão de custos. Isso permitirá que diferentes equipes dentro de uma organização assumam maior responsabilidade financeira, promovendo uma abordagem mais colaborativa e ágil. Empresas que descentralizarem o FinOps terão uma maior capacidade de adaptação e eficiência na gestão das despesas;
- Modelos de preços baseados em resultados. Uma tendência emergente para 2025 é a adoção de modelos de preços baseados em resultados, em que as empresas pagarão pelo desempenho e pelos resultados obtidos, e não apenas pelo uso. Isso incentivará um alinhamento mais próximo entre investimentos e benefícios de negócios. Essa mudança tornará o FinOps ainda mais estratégico, vinculando diretamente os gastos aos resultados esperados.
“À medida que a nuvem se torna um pilar estratégico nas organizações, o FinOps emerge como uma prática indispensável para a gestão financeira eficiente. Com a evolução das tendências tecnológicas e a complexidade dos ambientes de nuvem, as empresas que adotarem as práticas de Finops terão uma vantagem competitiva significativa no mercado”, conclui.
Fonte: Tamer Comunicação