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Dívida Pública Federal registra queda de R$ 87,8 bilhões em setembro

Relatório mensal do Tesouro aponta redução no estoque da DPF e destaca influências do mercado externo, além de apresentar novas emissões de títulos sustentáveis.

11/11/2024 15:30

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Dívida Pública Federal encerra setembro em R$ 6,947 trilhões

Dívida Pública Federal registra queda de R$ 87,8 bilhões em setembro

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) fechou setembro de 2024 em R$ 6,947 trilhões, uma queda de R$ 87,8 bilhões em relação a agosto, o que representa uma retração de 1,25% em termos nominais. Essa redução foi influenciada pelo desempenho da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que caiu 1,13%, passando de R$ 6,716 trilhões para R$ 6,640 trilhões. O Tesouro Nacional informou que a movimentação resultou de um resgate líquido de R$ 126 bilhões, compensado por uma apropriação de juros de R$ 50,03 bilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) foi reduzida em 3,71%, encerrando o período em R$ 307,34 bilhões.

As informações estão no Relatório Mensal da Dívida (RMD) de setembro, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em uma coletiva virtual com a presença de Helano Borges, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, entre outros especialistas.

Em setembro, o corte de 50 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve influenciou um aumento nos ativos globais e na valorização das bolsas, enquanto a tensão no Oriente Médio elevou os prêmios de risco para economias emergentes. A curva de juros brasileira também refletiu esses movimentos, subindo em todo o espectro de política monetária. O Credit Default Swap (CDS) do Brasil subiu para 152 pontos-base.

Durante setembro, as emissões de títulos da DPF somaram R$ 113,364 bilhões, frente a resgates que totalizaram R$ 241,276 bilhões, gerando um resgate líquido de R$ 127,911 bilhões. No âmbito da DPMFi, a maior parte das emissões incluiu títulos flutuantes (R$ 66,689 bilhões), seguidos por títulos prefixados (R$ 24,489 bilhões) e vinculados a índices de preços (R$ 22,083 bilhões). O custo médio da DPF em 12 meses caiu de 11,08% para 10,80% ao ano, enquanto o prazo médio subiu de 4,11 anos para 4,18 anos.

O Tesouro Direto registrou vendas de R$ 6,77 bilhões e resgates de R$ 6,19 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 580 milhões. O Tesouro Selic foi o título mais procurado, representando 57,10% das vendas. O estoque do Tesouro Direto fechou setembro em R$ 143,12 bilhões, um aumento de 1,11% em comparação ao mês anterior.

Na coletiva, foi detalhado o primeiro Relatório de Alocação e Impacto (RAI), que aborda as duas primeiras emissões de títulos sustentáveis do país, totalizando US$ 4 bilhões. Os recursos das emissões foram divididos entre despesas ambientais e sociais. O Comitê de Finanças Soberanas Sustentáveis coordenou o projeto para garantir a transparência e o uso adequado dos fundos.

O histórico das emissões sustentáveis remonta a 2023, com os recursos sendo alocados em iniciativas como controle de emissões de gases, energia renovável e desenvolvimento social. O Plano de Transformação Ecológica (PTE) integra essas ações, buscando desenvolvimento econômico sustentável no Brasil.

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