Além de potenciais financeiros, um dos pontos decisivos para rodadas de captação e processos de aquisição é a capacidade da empresa de manter uma cultura interna forte e alinhada com seus objetivos estratégicos. Isso ocorre porque um choque cultural entre a startup e um potencial comprador pode comprometer tanto a integração futura quanto o desempenho da empresa no longo prazo.
Lilian Carina, líder de Recursos Humanos da Triven, explica que o alinhamento cultural é um dos principais aspectos avaliados durante processos de captação e fusões.
“Se a startup tem uma cultura que valoriza a colaboração, por exemplo, ela pode enfrentar dificuldades em se adaptar a uma empresa com um perfil mais competitivo. Essa falta de compatibilidade pode não apenas afetar o engajamento do time, mas também comprometer a performance do negócio”, destaca.
Lilian ressalta que uma gestão estratégica da cultura organizacional não apenas atrai investidores, mas também reduz riscos operacionais.
"Investidores buscam previsibilidade e sustentabilidade. Eles sabem que uma cultura clara e bem implementada facilita a retenção de talentos e garante que a empresa consiga entregar resultados consistentes ao longo do tempo", explica.
Outro ponto importante é o impacto da comunicação interna e da clareza de objetivos no engajamento dos colaboradores.
“Quando os funcionários entendem e compartilham os valores da organização, eles ficam mais motivados a contribuir para o sucesso do negócio. Isso é fundamental para que o time esteja alinhado durante períodos críticos, como expansões ou mudanças estratégicas”.
Finalmente, a especialista pontua que empresas que cuidam da gestão de pessoas desde o início se tornam mais atrativas para o mercado.
"Investidores querem ver que a startup é capaz de reter e engajar talentos, o que reduz a necessidade de reposições frequentes e garante uma operação mais estável. Isso é particularmente importante em mercados competitivos, onde a alta rotatividade pode representar um custo significativo", acrescenta a executiva.
Ela ainda conclui que “a cultura organizacional, quando bem definida e comunicada, passa segurança para investidores e parceiros, criando uma base sólida para o crescimento sustentável”.
Fonte: Triven