Na tentativa de garantir o crescimento econômico e controlar a inflação, é essencial que as políticas fiscal e monetária estejam alinhadas, afirmam especialistas da área.
Sobre essas políticas, elas envolvem decisões sobre o nível de gastos públicos, arrecadação de impostos e as taxas de juros estabelecidas pelo Banco Central (BC).
Enquanto a política fiscal refere-se ao controle dos gastos do governo e da arrecadação de impostos, a política monetária trata das decisões do BC sobre as taxas de juros e ambas têm o objetivo de equilibrar a economia, mas com abordagens diferentes.
Com relação à política fiscal expansionista, seu objetivo é estimular a economia, aumentando os gastos públicos, como investimentos em obras e aumento de benefícios sociais.
Pode-se ainda dizer que essa medida é adequada em períodos de recessão ou crescimento baixo, mas pode aumentar a dívida pública e causar inflação.
Assim, em situações de inflação, a autarquia monetária pode aumentar as taxas de juros para desacelerar a economia. Isso eleva o custo do endividamento do governo e pode forçar a redução dos gastos públicos para equilibrar as contas.
A política fiscal expansionista é vista como positiva em tempos de crise, como a crise das hipotecas nos EUA em 2008 e a pandemia de Covid-19, apesar disso, em um cenário de crescimento, essa política pode reduzir a produtividade do setor privado e aumentar a dívida pública.
Por outro lado, a política fiscal contracionista busca desacelerar o crescimento econômico através da redução dos gastos públicos e aumento de impostos, retirando dinheiro da economia e ajudando a combater a inflação.
No cenário brasileiro, o governo tem aumentado os gastos públicos enquanto mantém isenções fiscais, resultando em inflação crescente e alto endividamento.
Por esse motivo, o BC, para controlar a inflação, tem elevado a taxa de juros, mas há uma expectativa de que os gastos públicos precisam ser ajustados para reequilibrar a economia.
Contudo, o equilíbrio entre as políticas fiscal e monetária é crucial para o crescimento econômico sustentável e, em cenários de dominância fiscal, o governo precisa ajustar os gastos para evitar que a inflação e o endividamento se tornem insustentáveis.
Com informações da Esfera Brasil