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ECONOMIA

Greve de auditores fiscais da Receita Federal paralisa entrega de 75 mil remessas

Com remessas retidas, empresas enfrentam prejuízos enquanto governo é pressionado a intervir para evitar colapso logístico.

30/01/2025 15:30

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Greve de auditores fiscais trava 75 mil remessas e causa prejuízos

Greve de auditores fiscais da Receita Federal paralisa entrega de 75 mil remessas Foto: Freepik

A paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal, que já dura mais de dois meses, tem provocado impactos significativos no comércio exterior e na logística nacional. Dados do setor indicam que cerca de 75 mil remessas expressas de importação e exportação estão retidas em terminais alfandegários, causando prejuízos bilionários para empresas e consumidores.

Paralisação compromete competitividade do Brasil

A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) alertou para os desdobramentos da greve, destacando o risco para a competitividade brasileira no cenário internacional. 

Segundo o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), o acúmulo de mercadorias nos depósitos aduaneiros tem interrompido cadeias produtivas e prejudicado pequenas e médias empresas. 

Entre os produtos afetados estão insumos laboratoriais e componentes industriais essenciais para diversos setores da economia.

De acordo com o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (SINDASP), paralisações anteriores já resultaram em perdas de R$ 3 bilhões em um período de seis meses. Analistas do setor apontam que o impacto da greve atual pode ser ainda mais grave, com reflexos no crescimento econômico e na capacidade produtiva do país.

Impasse envolve reajuste salarial

A mobilização dos auditores fiscais começou em 21 de novembro, após decisão do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), que reivindica reajustes salariais. 

No entanto, entidades empresariais e especialistas defendem que os danos econômicos decorrentes da paralisação tornam urgente a intervenção do governo para evitar um colapso logístico.

O diretor-executivo do Instituto Livre Mercado (ILM), Rodrigo Marinho, enfatizou a necessidade de uma solução imediata. Segundo ele, a paralisação tem afetado não apenas as empresas, mas também a confiança de investidores e parceiros comerciais do Brasil.

“A incerteza gerada por essa situação compromete a credibilidade do país no cenário global e prejudica consumidores que dependem dessas mercadorias”, destacou.

Pressão sobre o governo

Diante do cenário de impasse, a FPLM tem intensificado as cobranças para que o Ministério da Fazenda e o Ministério da Gestão e da Inovação atuem na liberação dos processos aduaneiros. A preocupação do setor produtivo é que a continuidade da greve amplie os gargalos logísticos e cause efeitos negativos na recuperação econômica do país.

Empresários e associações do setor de comércio exterior aguardam medidas governamentais para destravar as operações, minimizar os prejuízos acumulados e evitar um agravamento da crise logística que já compromete o desempenho de diversos segmentos econômicos.

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