O novo salário mínimo nacional, de R$ 1.518, começou a ser pago neste sábado (1º). O reajuste de 7,5% representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior, de R$ 1.412, vigente até dezembro de 2024.
O pagamento do novo valor ocorre apenas agora porque os trabalhadores recebem seus salários após o mês trabalhado. Os benefícios atrelados ao piso nacional, como seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , também passam a ser pagos com o reajuste.
Este é o primeiro reajuste anual com base na nova regra sancionada pelo governo federal no final de 2024. O cálculo considera:
- Inflação acumulada em 12 meses até novembro (INPC): 4,84%;
- Crescimento do PIB de dois anos antes: 3,2%;
- Limite do aumento real: 2,5% acima da inflação.
Inicialmente, o cálculo levaria o salário mínimo a R$ 1.528, mas o teto de 2,5% limitou o reajuste, reduzindo o valor final em aproximadamente R$ 10.
A medida faz parte do plano do Ministério da Fazenda para equilibrar as contas públicas. Como diversos benefícios são reajustados com base no salário mínimo, o governo estima que a nova regra gera economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos.
Segundo cálculos oficiais, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa um impacto de R$ 392 milhões nas despesas federais.
O novo valor também reajusta benefícios e serviços atrelados ao piso nacional, incluindo:
- Abono salarial PIS/Pasep;
- Aposentadorias e pensões do INSS;
- Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Seguro-desemprego;
- Seguro-defeso;
- Cadastro Único para programas sociais;
- Contribuições mensais dos Microempreendedores Individuais (MEIs);
- Limite de renda para ajuizar ações na Justiça gratuita.
Os pagamentos reajustados já começam a ser efetuados neste mês. Beneficiários do INSS podem conferir os novos valores pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
Com o novo salário mínimo em vigor, trabalhadores e beneficiários devem ficar atentos aos impactos do reajuste e às mudanças na regra de cálculo nos próximos anos.
Com informações do g1 Economia