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FRAUDE INSS

PF desmonta fraude milionária no INSS com "idosos de aluguel"

Grupo criminoso usava identidades falsas de idosos para receber benefícios do INSS e contratar empréstimos.

11/02/2025 15:30

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PF desarticula esquema que fraudava benefícios do INSS

PF desmonta fraude milionária no INSS com

A Polícia Federal (PF) desarticulou, na última quinta-feira (6), um grande esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , que envolvia o uso de identidades falsas de idosos para receber benefícios assistenciais e contratar empréstimos consignados. O golpe causou um prejuízo estimado de R$ 23 milhões aos cofres públicos.

A ação faz parte da Operação Melhor Idade – Segunda Fase, conduzida pela PF em parceria com o Núcleo de Inteligência Previdenciária, sendo cumpridos mandados contra 16 investigados nos estados do Piauí, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

Na prática, o grupo criminoso recrutava pessoas, chamadas de “idosos de aluguel”, para emprestar suas impressões digitais e fotos na criação de identidades falsas e esses documentos eram usados para abrir contas bancárias, acessar o Cadastro Único do Governo Federal e solicitar Benefícios de Prestação Continuada (BPC), que garantem um salário mínimo por mês a idosos em situação de vulnerabilidade.

De acordo com a PF, alguns desses “idosos de aluguel” chegaram a figurar em mais de 30 identidades diferentes, permitindo ao grupo solicitar 259 benefícios assistenciais de forma fraudulenta. Além disso, com o uso das identidades falsas, os criminosos contratavam empréstimos consignados, aumentando ainda mais o prejuízo financeiro.

Medidas da Justiça

Diante da gravidade da fraude, a Justiça Federal determinou diversas ações para interromper o esquema, incluindo:

  • Cancelamento de CPFs falsos;
  • Bloqueio de contas bancárias usadas na fraude;
  • Suspensão dos benefícios irregulares;
  • Sequestro de bens dos investigados;
  • Mandados de busca e apreensão;
  • Prisão de envolvidos no esquema

Essa nova fase da operação ocorreu após a primeira ação, realizada em janeiro, quando três suspeitos foram presos e diversos documentos falsos, cartões de benefícios, extratos bancários e anotações sobre o golpe foram apreendidos.

A análise dos bens apreendidos revelou movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e, mesmo após a primeira etapa da operação, os criminosos continuaram sacando benefícios fraudulentos, o que reforçou a necessidade de novas prisões e medidas cautelares.

Segundo estimativas da PF, caso o esquema não fosse interrompido, o rombo aos cofres públicos poderia chegar a R$ 35 milhões nos próximos anos.

Agora, a operação segue em andamento para identificar outros envolvidos e recuperar valores desviados e a expectativa é que novas medidas sejam adotadas para evitar fraudes semelhantes no sistema previdenciário.

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