O site oficial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) está inacessível desde a manhã desta terça-feira (4), em decorrência de um ataque cibernético. O incidente foi reivindicado por um hacker identificado como "Azael", que tem histórico de ações contra serviços online de órgãos brasileiros.
De acordo com informações do portal Ciso Advisor, a tentativa de acesso ao site exibe uma mensagem da empresa Cloudflare, indicava que os servidores do STJ não estavam respondendo. Esse padrão sugere a possibilidade de um ataque de negação de serviço (DoS), embora não haja confirmação se foi realizado de forma distribuída (DDoS).
Segundo o tribunal, nenhum sistema da Corte foi derrubado e os ataques foram bloqueados.
"Essas tentativas foram todas bloqueadas pelas ferramentas informáticas de prevenção a invasões. Os sistemas do tribunal também não foram derrubados. Para lidar com a situação, como é de praxe, foram ativados mecanismos como a validação de acesso do usuário humano, o que pode causar lentidão, porém sem comprometer o funcionamento do portal e de seus serviços", informou a assessoria de imprensa por nota.
O hacker responsável pela ação tem sido associado a uma série de ataques direcionados a instituições governamentais no Brasil. No ano passado, ele assumiu a autoria de invasões a sites de universidades federais e outras entidades públicas. Em alguns desses casos, a motivação estaria ligada a pautas ativistas.
Histórico de ataques ao STJ
Não é a primeira vez que o STJ enfrenta ameaças digitais. Em setembro do ano passado, durante o feriado de 7 de setembro, a instituição foi alvo de uma tentativa de invasão considerada atividade criminosa cibernética. O episódio gerou preocupação em relação à vulnerabilidade de sistemas governamentais e reforçou a necessidade de investimentos constantes em segurança digital.
Especialistas alertam que ataques desse tipo têm se tornado cada vez mais frequentes contra órgãos públicos e empresas privadas, reforçando a necessidade de investimentos em cibersegurança.
Investigação e medidas adotadas
Diante da ocorrência, o STJ afirmou que irá intensificar o monitoramento de ameaças virtuais e reforçar protocolos de defesa cibernética. O episódio está sob avaliação de especialistas, e medidas preventivas adicionais estão sendo implementadas para evitar futuros incidentes.
Autoridades de segurança digital estão acompanhando o caso e podem instaurar investigação para identificar os responsáveis. O governo federal tem discutido estratégias para ampliar a segurança dos sistemas eletrônicos da administração pública, visando minimizar riscos e proteger informações sensíveis.
A segurança cibernética continua a ser um desafio crescente para órgãos públicos e instituições que lidam com dados sensíveis, exigindo a adoção constante de novas tecnologias e protocolos para mitigar possíveis ameaças.
