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CARREIRA

Fui demitido: o que fazer agora? Veja orientações práticas

Especialistas explicam como lidar com o impacto emocional, reorganizar as finanças e estruturar a busca por um novo emprego após a demissão.

21/07/2025 15:30

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O que fazer se for demitido? Veja 8 dicas essenciais

Fui demitido: o que fazer agora? Veja orientações práticas

A demissão é um momento desafiador que pode afetar não apenas a estabilidade financeira, mas também a saúde emocional e a autoestima. Com o aumento recente de desligamentos em setores como tecnologia, comunicação e serviços públicos, muitos profissionais se veem diante da necessidade de reorganizar suas vidas e planejar os próximos passos.

Segundo especialistas, a forma como o trabalhador reage nos primeiros dias após a demissão pode fazer diferença na retomada da carreira. Além do impacto imediato no orçamento, é fundamental reconhecer os efeitos emocionais da perda do emprego e buscar apoio adequado.

1. Assimile a situação antes de agir

De acordo com a terapeuta financeira Lindsay Bryan-Podvin, é comum sentir tristeza, raiva, ansiedade ou até alívio. Nenhuma dessas reações invalida o valor profissional da pessoa.

“Uma demissão pode parecer algo muito pessoal, mas não reflete seu valor ou tudo que você contribuiu”, afirma. Reservar um tempo para processar o ocorrido ajuda a evitar decisões impulsivas e favorece uma postura mais estratégica diante do recomeço.

2. Revise sua situação financeira com objetividade

Após assimilar o impacto emocional, o próximo passo é avaliar as finanças com clareza. A coach de carreira Marlo Lyons recomenda começar analisando o orçamento atual e identificando despesas que podem ser suspensas ou reduzidas temporariamente.

É essencial calcular por quanto tempo o valor da rescisão ou de eventuais verbas indenizatórias será suficiente para manter as despesas básicas. Também é importante solicitar o quanto antes o seguro-desemprego, benefício garantido por lei a trabalhadores dispensados sem justa causa.

3. Solicite o seguro-desemprego

O seguro-desemprego é um benefício temporário destinado a auxiliar o trabalhador durante o período de transição profissional. Em 2025, os valores foram atualizados e o pagamento pode variar entre três e cinco parcelas, conforme o tempo de vínculo empregatício e o número de solicitações anteriores.

Para saber quem tem direito, como solicitar e quais os documentos exigidos, acesse o guia completo sobre o seguro-desemprego.

4. Reorganize seu orçamento e evite dívidas

Para o educador financeiro Jesse Mecham, criador do aplicativo de controle financeiro YNAB, momentos de transição exigem atenção redobrada aos gastos.

“Em uma demissão, torna-se ainda mais importante dar um propósito a cada valor gasto, seja para moradia, alimentação ou formação profissional”, explica. Ele recomenda priorizar despesas essenciais e evitar o uso recorrente do cartão de crédito como forma de sustentação.

Bryan-Podvin acrescenta que cortar gastos pode afetar o bem-estar emocional. Por isso, é importante encarar os ajustes como temporários e manter um olhar compassivo sobre si mesmo durante esse período.

5. Busque apoio em redes de assistência

Diversas comunidades oferecem suporte gratuito para pessoas em situação de vulnerabilidade temporária. É possível acessar programas de auxílio para contas de luz, água, alimentação ou transporte.

Ferramentas públicas, como o Portal da Transparência e serviços das prefeituras, podem ajudar a localizar bancos de alimentos, centros de assistência social e outras iniciativas voltadas ao desempregado.

6. Reavalie sua carreira e objetivos profissionais

Na busca por um novo emprego, Marlo Lyons recomenda avaliar se os objetivos profissionais permanecem os mesmos. “Você quer continuar na mesma área ou deseja fazer uma transição de carreira? Essa é a hora de refletir sobre isso”, afirma.

Se decidir permanecer no mesmo segmento, o currículo deve ser adaptado para refletir o que o profissional pode oferecer no futuro. A ideia é destacar competências transferíveis e resultados alcançados, não apenas tarefas executadas.

A coach também recomenda ativar a rede de contatos por meio de plataformas como LinkedIn, participar de eventos do setor e considerar certificações online para aprimorar o currículo.

7. Crie uma rotina diária para manter o foco

A ausência da rotina de trabalho pode gerar sensação de desorganização e desânimo. Para evitar isso, especialistas recomendam estruturar o dia com horários definidos para refeições, busca de vagas, atividades físicas e autocuidado.

“Quando somos demitidos, o desemprego pode parecer sem rumo, especialmente se veio de forma inesperada”, diz Bryan-Podvin. Manter uma rotina ajuda a preservar a saúde mental e a produtividade, além de contribuir para a autoconfiança.

8. Lembre-se: seu valor não está apenas no trabalho

A autoestima pode ser afetada pela perda do emprego, mas é fundamental reconhecer que o valor pessoal vai além do vínculo profissional. Bryan-Podvin sugere a criação de uma “lista de ativos não financeiros”, com qualidades pessoais e conquistas não relacionadas ao trabalho.

“Se eu fosse fazer essa lista, talvez dissesse que sou uma boa parceira e uma tia divertida”, exemplifica. A proposta é reforçar a identidade pessoal como parte do patrimônio individual, o que ajuda a enfrentar o momento com mais resiliência.

Planejamento e apoio fazem a diferença na transição

A demissão pode ser um momento desestruturante, mas também pode abrir caminhos para uma reorganização de vida e carreira. Ao reconhecer as emoções envolvidas, reavaliar o orçamento, acessar direitos como o seguro-desemprego e buscar apoio profissional e social, é possível reduzir o impacto da perda do emprego e acelerar o retorno ao mercado.

Contadores, profissionais de RH e consultores também têm papel importante nesse processo, orientando clientes e trabalhadores sobre os procedimentos legais, impactos financeiros e estratégias para enfrentar esse período de transição com equilíbrio.

Com informações do Portal g1

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