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REFORMA TRIBUTÁRIA

Dica de leitura do fim de semana: guia prático da CBS e IBS para pequenos negócios

Descubra neste final de semana como a reforma tributária 2025 vai simplificar impostos e transformar a rotina dos pequenos negócios no Brasil.

26/07/2025 12:00

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Guia prático da reforma tributária para pequenos negócios

Dica de leitura do fim de semana: guia prático da CBS e IBS para pequenos negócios

A reforma tributária de 2025 está em andamento e traz mudanças significativas para micro e pequenas empresas em todo o Brasil. Com a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o sistema de tributação sobre o consumo passará por uma das maiores transformações das últimas décadas.

A nova estrutura foi definida pela Emenda Constitucional nº 132/2023 e regulamentada pela Lei Complementar 214/2025. O objetivo é simplificar a cobrança de impostos, reduzir distorções entre setores e estados, e aumentar a previsibilidade fiscal para quem empreende.

CBS e IBS substituirão impostos antigos

A principal mudança é a substituição de tributos federais, estaduais e municipais por dois novos impostos. A CBS substituirá o PIS, a Cofins e o IPI, enquanto o IBS substituirá o ICMS e o ISS. Essa unificação busca padronizar regras e simplificar o cumprimento das obrigações.

A CBS será cobrada pela União de forma unificada em todo o país, enquanto o IBS terá gestão compartilhada entre estados e municípios, mas também com base nacional. Isso elimina as diferenças de legislação entre regiões, facilitando a vida de quem vende ou presta serviços para outras localidades.

Transição até 2033 garantirá adaptação gradual

A transição do sistema atual para o novo modelo será feita de forma gradual, entre 2026 e 2033. Em 2026, a CBS será testada com alíquota de 0,9%, enquanto o IBS começa em 2027 com 0,1%.

Durante essa fase, os antigos tributos continuam sendo cobrados, com alíquotas reduzidas ao longo dos anos, até serem totalmente extintos em 2033. Essa medida permite que empresas e contadores se ajustem sem impacto abrupto na rotina fiscal.

Imposto Seletivo incidirá sobre produtos nocivos

A reforma também cria o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas alcoólicas, cigarros e combustíveis fósseis.

O IS terá finalidade regulatória, buscando desestimular o consumo desses itens. As alíquotas e produtos abrangidos ainda serão definidos em leis complementares. Pequenos comércios desses setores precisarão acompanhar a regulamentação com atenção redobrada.

Nanoempreendedores terão isenção fiscal

Pessoas físicas que faturam até R$ 40.500 por ano serão isentas da CBS e do IBS. Essa categoria, chamada de "nanoempreendedor", busca incentivar a formalização de autônomos e pequenos vendedores informais.

Com isso, atividades de subsistência, como ambulantes, artesãos e cozinheiros caseiros, poderão continuar atuando sem o peso do novo sistema, ampliando o alcance da formalidade no mercado.

Impacto para pequenos negócios e MEIs

Embora o Simples Nacional e o MEI permaneçam em vigor, a reforma permite que esses contribuintes aproveitem o modelo de crédito financeiro. Isso significa que, mesmo pagando tributos de forma simplificada, essas empresas poderão gerar crédito para seus clientes.

Esse novo cenário pode influenciar decisões sobre a permanência no regime atual. Empreendedores precisarão avaliar se vale a pena continuar no Simples ou migrar para outro formato conforme seu volume de vendas e perfil de clientela.

Tributos sobre consumo podem atingir 26,5%

A alíquota estimada para CBS e IBS somadas é de 26,5%, segundo estudos preliminares do governo. O valor final dependerá da definição das leis complementares e do desempenho da arrecadação.

Embora a alíquota pareça alta, o novo modelo elimina a cumulatividade dos impostos, o que pode compensar para alguns setores. Pequenos negócios precisarão fazer simulações e ajustar estratégias para manter a competitividade.

Digitalização é essencial na nova fase

A CBS e o IBS exigem controle eletrônico detalhado das transações. Por isso, quem ainda não utiliza sistemas de emissão de nota fiscal eletrônica ou gestão integrada deverá investir em ferramentas adequadas.

A digitalização facilitará o cumprimento das obrigações, evitará autuações e contribuirá para uma contabilidade mais precisa. Contadores terão papel fundamental nesse processo, ajudando clientes a implementar soluções e revisar processos.

Reforma promete mais previsibilidade e competitividade

A previsibilidade é um dos principais ganhos esperados com a reforma. Ao padronizar regras e reduzir interpretações divergentes, o novo modelo cria um ambiente mais seguro para planejar e investir.

A uniformização também melhora a competitividade nacional. Hoje, a complexidade tributária impede muitas empresas de exportar ou crescer. Com menos burocracia, o custo indireto cai, abrindo espaço para novos mercados e oportunidades.

Distribuição da arrecadação será mais justa

A nova regra de cobrança no destino garantirá que a arrecadação acompanhe o consumo, e não apenas a produção. Isso beneficiará regiões com grande população e consumo, equilibrando a divisão dos recursos.

Cidades que antes arrecadavam pouco passarão a contar com mais receitas para investir em infraestrutura e serviços. Isso contribui para reduzir desigualdades regionais e fortalecer o mercado local.

Como se preparar para a reforma tributária 2025

Empresários devem começar a se adaptar desde já. As principais recomendações incluem:

  • Buscar orientação contábil especializada
  • Analisar o atual regime tributário
  • Estudar a possibilidade de migrar de regime
  • Investir em sistemas eletrônicos
  • Organizar documentação e registros fiscais

Quanto antes vier essa adaptação, menores serão os riscos na transição. O conhecimento sobre a CBS e o IBS será essencial para evitar erros e manter a regularidade.

Próximos passos da reforma tributária 2025

Após a sanção da Lei Complementar 214/2025, o Congresso Nacional analisa projetos que detalham a fiscalização, a distribuição de recursos e a operacionalização do novo modelo.

A Receita Federal também abriu consulta pública para receber sugestões de entidades e profissionais. Medidas específicas, como alíquotas reduzidas para setores essenciais, já estão previstas para saúde, educação, transporte e cesta básica.

Empreendedores e contadores que desejam se preparar com segurança para a reforma tributária encontram neste guia um resumo completo, claro e confiável sobre as novas regras.

Entender a CBS, o IBS e as demais mudanças é fundamental para manter a regularidade fiscal, proteger o caixa e garantir competitividade no novo cenário tributário brasileiro.

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