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TARIFA EUA

Estados Unidos aplicarão tarifa de 50% a produtos brasileiros a partir desta quinta-feira (7)

Medida dos EUA impacta diretamente empresas brasileiras, que enfrentarão maiores desafios para manter acordos comerciais no exterior.

04/08/2025 17:00

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Alerta: tarifa de 50% dos EUA começa quinta-feira (7)

Estados Unidos aplicarão tarifa de 50% a produtos brasileiros a partir desta quinta-feira (7)

O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre diversos produtos de origem brasileira. A medida entra em vigor nesta quinta-feira (7) e foi formalizada por meio de dois decretos assinados pelo presidente norte-americano Donald Trump. A decisão afeta diretamente as relações comerciais entre os dois países e deve impactar empresas brasileiras exportadoras, especialmente no que diz respeito à competitividade e à manutenção de contratos no exterior.

A nova taxação foi justificada, segundo o governo dos EUA, por questões políticas e econômicas, envolvendo, inclusive, críticas diretas à atuação do governo brasileiro no tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A aplicação da tarifa soma uma alíquota de 10% já prevista com uma taxa adicional de 40%, totalizando os 50% anunciados.

Tarifas atingem produtos brasileiros com maior valor agregado

O pacote tarifário adotado pelos Estados Unidos prevê alíquotas que variam de 10% a 41% para diversos países e territórios, sendo o Brasil o mais impactado, com uma tarifa final de 50%. O decreto que determina as novas cobranças foi publicado no dia 31 de julho, com vigência sete dias após sua promulgação.

Embora 694 produtos brasileiros tenham sido excluídos da medida — como o suco de laranja e aviões — a lista dos itens tarifados atinge principalmente mercadorias de maior valor agregado, elevando os custos de entrada no mercado norte-americano e afetando diretamente a balança comercial.

Decisão tem motivações políticas, segundo governo dos EUA

De acordo com a justificativa apresentada pela Casa Branca, a decisão de aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros decorre, em parte, de uma suposta quebra de isonomia nas relações comerciais. Trump também associou a medida à forma como o governo brasileiro conduziu processos judiciais e políticos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em carta datada de 9 de julho e endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump afirmou que o Brasil tratou Bolsonaro com “perseguição e assédio político”. O documento ainda menciona que o tratamento dado ao ex-presidente é considerado, pelo atual governo norte-americano, uma “vergonha internacional”.

Trump promete nova retaliação em caso de resposta do Brasil

O presidente Donald Trump declarou que as tarifas impostas ainda são inferiores ao que os EUA consideram necessário para estabelecer uma “igualdade de condições” nas relações comerciais com o Brasil. Segundo ele, o país sul-americano impõe barreiras comerciais que tornam o relacionamento desigual e prejudicial para a economia norte-americana.

Trump também alertou que, caso o governo brasileiro decida retaliar com aumentos tarifários equivalentes, os Estados Unidos elevarão novamente as tarifas na mesma proporção. Essa sinalização de escalada comercial acende o alerta para setores exportadores brasileiros e para o corpo diplomático e econômico que atua na mediação bilateral.

Impactos para o setor contábil e exportador brasileiro

A imposição das novas tarifas pelos Estados Unidos gera efeitos diretos na estrutura de custos das empresas exportadoras brasileiras, sobretudo aquelas que operam com margens reduzidas. A alta de 50% nos custos de entrada pode inviabilizar contratos, reduzir a competitividade de produtos nacionais e provocar revisões em planejamentos logísticos e financeiros.

Para profissionais da contabilidade, a medida requer atenção especial à reavaliação de preços, margens, tributos e estratégias de exportação. Empresas afetadas devem revisar seus planos fiscais e operacionais, além de considerar o aproveitamento de regimes aduaneiros especiais e incentivos estaduais, como a liberação de créditos acumulados de ICMS por programas como o ProAtivo, anunciado recentemente pelo Governo de São Paulo.

Empresas devem avaliar alternativas e rever projeções

Diante do novo cenário, analistas recomendam que empresas brasileiras ampliem a diversificação de mercados e busquem alternativas para manter o fluxo de exportações. A elevação da tarifa norte-americana exige revisão nas projeções de receita, renegociação de contratos e, possivelmente, adaptação dos produtos às exigências de outros mercados internacionais.

Além disso, companhias que operam com produtos diretamente afetados pela tarifa devem manter diálogo constante com seus contadores e consultores tributários para adequar o planejamento fiscal às novas condições de mercado.

Setor contábil

A imposição das novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros marca uma mudança significativa no cenário comercial internacional. Para o setor contábil, o episódio reforça a importância da atuação estratégica e do acompanhamento próximo das decisões geopolíticas que afetam a tributação indireta, as exportações e o planejamento financeiro empresarial.

Diante desse novo desafio, profissionais da contabilidade têm papel essencial em orientar ajustes fiscais, reestruturações operacionais e soluções alternativas para enfrentar o impacto da medida, preservando a viabilidade econômica das empresas exportadoras brasileiras.

Com informações do Poder360

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