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GESTÃO DE PESSOAS

Falta de qualificação afeta contratação e retenção de talentos no Brasil

Estudo da FGV revela que 57% das empresas enfrentam dificuldades na contratação e retenção de talentos, com destaque para a construção civil e o varejo.

12/08/2025 14:00

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Mais da metade das empresas têm dificuldade em reter colaboradores

Falta de qualificação afeta contratação e retenção de talentos no Brasil

A contratação e retenção de talentos tornou-se um dos maiores desafios para empresas brasileiras em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e globalizado. É o que revela levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que identificou altos índices de dificuldade para manter equipes qualificadas em diferentes setores.

Setores mais afetados

De acordo com a pesquisa, 57% das empresas dos setores de comércio, serviços, indústria e construção relataram dificuldade em contratar e reter funcionários. Entre os segmentos, a construção civil lidera o ranking, com 82,4% das empresas enfrentando o problema, seguida pelo varejo ampliado (77,3%), indústria (76,8%) e serviços (76,5%).

A principal barreira apontada é a falta de mão de obra qualificada, citada por 64% dos empreendedores entrevistados. Outros 9,4% afirmaram que os salários exigidos pelo mercado estão acima da capacidade de pagamento.

Impactos operacionais

A escassez de profissionais qualificados já provoca consequências diretas nas operações:

  • 17,5% das empresas registraram atrasos na entrega de serviços e produtos;
  • 21,5% relataram aumento da carga horária para atender à demanda.

O estudo também mostra que, em 2024, 30% de todos os pedidos de demissão foram feitos por jovens de 18 a 24 anos, alta de 15% em relação a 2023. Esse movimento reforça a volatilidade da mão de obra mais jovem no mercado.

Estratégias adotadas pelas empresas

Questionadas sobre como enfrentam o problema, as empresas destacaram quatro principais medidas:

  1. Capacitação interna – adotada por 44% das empresas;
  2. Ampliação de benefícios – 32%;
  3. Aumento de salários – 14%;
  4. Terceirização do recrutamento – 10,5%.

Essas ações buscam não apenas atrair profissionais, mas também reduzir a rotatividade e melhorar o engajamento das equipes.

Benefícios como diferencial competitivo

Dados da Pesquisa de Benefícios Robert Half 2024 mostram que 98% dos profissionais consideram o pacote de benefícios na avaliação de novas oportunidades. Entre eles, 80% desejam benefícios flexíveis e 77% gostariam de ver alterações nos benefícios atuais para acompanhar as mudanças do mercado.

Segundo especialistas, planos de carreira transparentes, programas de reconhecimento e recompensas e flexibilização de jornadas também ganham destaque na decisão dos profissionais.

Risco para empresas que não se adaptarem

Com o mercado em constante transformação, empresas que não atualizarem suas políticas de gestão de pessoas e pacotes de benefícios correm o risco de perder seus melhores talentos. A perda de profissionais qualificados impacta diretamente a capacidade de inovação e crescimento das organizações.

Investir em qualificação interna, oferecer benefícios flexíveis e criar um ambiente de trabalho atrativo são estratégias essenciais para aumentar a retenção de talentos no cenário atual.

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