A Receita Federal arrecadou R$ 87,5 bilhões entre janeiro e julho de 2025 com medidas de cobrança amigável, mecanismo que busca estimular a conformidade tributária sem necessidade de autuação fiscal ou abertura de litígios.
Do total, R$ 42,1 bilhões vieram de grandes contribuintes, grupo que inclui empresas de grande porte e pessoas físicas com patrimônio elevado.
Comparativo com 2024
Em todo o ano de 2024, a arrecadação por meio da cobrança amigável somou R$ 171 bilhões, dos quais R$ 45,8 bilhões tiveram origem nos grandes grupos econômicos.
Com o desempenho registrado até julho de 2025, esse segmento já responde por um montante próximo ao arrecadado em todo o ano anterior, o que evidencia a maior efetividade das ações de acompanhamento.
Como funciona a cobrança amigável
A estratégia de cobrança amigável da Receita Federal inclui:
- Envio de comunicados e notificações eletrônicas a empresas e contribuintes;
- Incentivo à autorregularização antes da abertura de procedimentos formais;
- Abertura de transações tributárias para negociação de dívidas;
- Monitoramento de grandes contribuintes e de setores específicos da economia.
O objetivo é garantir que débitos sejam regularizados ainda na esfera administrativa, evitando a inscrição em dívida ativa da União.
Vantagens do modelo
Segundo a Receita, a cobrança amigável reduz custos administrativos e agiliza a entrada de recursos nos cofres públicos.
Além disso, contribui para a diminuição do contencioso tributário e oferece aos contribuintes a oportunidade de regularizar sua situação fiscal sem aplicação imediata de multas elevadas ou medidas judiciais.
Perspectivas
O Fisco considera que, se a maior parte da arrecadação pudesse ocorrer por meio da cobrança amigável, o resultado seria positivo tanto para a União quanto para os contribuintes.
Com a ampliação das ferramentas digitais, a expectativa é que o modelo ganhe cada vez mais espaço na estratégia de arrecadação federal.
A arrecadação de R$ 87,5 bilhões até julho de 2025 com a cobrança amigável confirma a eficácia da estratégia de estímulo à conformidade tributária.
Com números próximos aos registrados em todo o ano de 2024, a Receita reforça a tendência de modernizar seus processos de acompanhamento e reduzir litígios fiscais, trazendo mais previsibilidade para empresas e pessoas físicas.