Com o objetivo de conscientizar o contribuinte de que é ele quem financia as ações dos governos, a ACSP e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) idealizaram o "Caminhão do Impostômetro", que ao longo deste mês fez uma caravana bem-sucedida por algumas cidades do interior paulista.
O caminhão leva no alto uma versão reduzida do painel eletrônico do Impostômetro, alertando a população dos municípios visitados para o ritmo crescente da arrecadação tributária. No baú, o veículo exibiu um conjunto de produtos de uso cotidiano com etiquetas que discriminavam o percentual de tributos embutidos. O objetivo era conscientizar o cidadão do dinheiro arrecadado pelos governos.
O "Caminhão do Impostômetro" rodou por Sorocaba, Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, São Carlos, Campinas, São José dos Campos, Mogi das Cruzes e Santos.
Feirão
Ontem, foi a vez da Capital. O veículo especial percorreu as ruas da cidade de São Paulo chamando o paulistano para a virada do trilhão marcada para hoje, quando o caminhão encerra sua campanha ao estacionar no Pátio do Colégio, no centro.
Ontem, foi a vez da Capital. O veículo especial percorreu as ruas da cidade de São Paulo chamando o paulistano para a virada do trilhão marcada para hoje, quando o caminhão encerra sua campanha ao estacionar no Pátio do Colégio, no centro.
No local também será organizado o "Feirão do Imposto". Como o nome sugere, o Feirão irá dispor de uma série de produtos de uso cotidiano, como pacote de arroz, óleo de cozinha, detergente, entre outros. Nas etiquetas que marcam os preços desses produtos também constará o percentual em tributos embutido neles.
Essa é uma maneira de mostrar ao brasileiro a realidade tributária do País. Do preço de uma lata de óleo de cozinha, por exemplo, 26% são tributos embutidos. Do detergente, 30,3% são tributos.
Esses percentuais entram nos cofres dos governos federal, estaduais e municipais na forma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), por meio do Programa de Integração Social (Pis) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), entre outros tributos e taxas cujos nomes são conhecidos da população, mas seus efeitos não são evidenciados para todos.
Mordida
O ICMS é o tributo que mais contribui para a arrecadação, com 20% de tudo o que é recolhido. Trata-se de um imposto estadual, porém, é a esfera federal que dá a maior mordida no bolso do contribuinte. Entre impostos e contribuições, a União responde por cerca de 70% da arrecadação. Os estados ficam com 25% do bolo e os municípios com o restante.
O ICMS é o tributo que mais contribui para a arrecadação, com 20% de tudo o que é recolhido. Trata-se de um imposto estadual, porém, é a esfera federal que dá a maior mordida no bolso do contribuinte. Entre impostos e contribuições, a União responde por cerca de 70% da arrecadação. Os estados ficam com 25% do bolo e os municípios com o restante.
O painel Impostômetro estima a arrecadação do País desde 2005, quando foi instalado na fachada da sede da ACSP, na rua Boa Vista.
O ritmo no qual os tributos entram nos cofres públicos também pode ser acompanhado pela Internet, por meio do site do painel (www.impostometro.com.br).
Além de monitorar o arrecadado no País, o contribuinte pode expressar sua opinião a respeito da evolução do recolhimento dos tributos e sobre a forma como o governo vem usando o dinheiro público por meio do hotsite www.horadeagir.com.br.
Nesse portal, o contribuinte se manifesta por meio de comentários e vídeos. Ele pode também pressionar os deputados federais – com o envio de mensagens – para colocarem em votação e aprovarem o projeto de lei 1472/2007, que determina que o valor dos impostos embutidos nos produtos seja discriminado nas notas fiscais. Desta forma, ficará evidente o tamanho da mordida do Leão.
Fonte: Diário Comércio Indústria