A taxação das compras internacionais mudou o comportamento do consumidor. Com alíquota de 20% sobre compras internacionais até 50 dólares e 60% para produtos que custam entre 50,01 dólares e 3.000 dólares, as compras realizadas em sites internacionais, como Shein e AliExpress, estão impactando consumidores e empreendedores brasileiros. Dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que 29% dos brasileiros desistiram de comprar em sites internacionais ao descobrirem que o custo do Imposto de Importação saltou de 13% para 38%. Esse cenário pressiona tanto o consumidor final quanto os varejistas nacionais que competem diretamente com essas plataformas globais, gerando um alerta para o governo, que já estuda a revogação desse imposto em 2026.
Para Rodrigo Giraldelli, CEO da China Gate e especialista em comércio exterior entre Brasil e China, esse momento exige adaptação e visão estratégica por parte dos empreendedores brasileiros. "O aumento da tributação sobre produtos importados, somado ao fim da isenção para compras de até 50 dólares, está tornando muitos itens vindos do exterior significativamente mais caros para o consumidor brasileiro. Isso gera um impacto direto no bolso e força uma mudança no comportamento de compra. No entanto, esse cenário também cria uma oportunidade única para os empreendedores locais se diferenciarem, seja apostando em marcas próprias ou em produtos mais competitivos no mercado nacional," afirma.
Giraldelli destaca que importar produtos diretamente da China para criar uma marca própria é uma alternativa viável e vantajosa. “Ter uma marca própria é mais fácil do que parece. A China cresceu fabricando marcas próprias para o mundo. Importar diretamente da China produtos com sua própria marca é uma forma de reduzir custos e aumentar a margem de lucro no Brasil”, explica.
De acordo com a pesquisa da CNI, a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) também influencia a decisão dos consumidores sobre as compras internacionais. Subiu de 32% para 36%, o total de consumidores que deixaram de importar por causa do custo do imposto.
Fonte: Broto Comunicação












